A realidade dos cruzamentos
Por: Francisco Aroca
A realidade dos cruzamentos e suas vantagens, ainda que não sejam
partilhadas por outros aficionados, que são mais conservadores, o que respeito
mas não partilho.
Vou passar a redatar um facto real, baseado sobre um cavalo do
norte- americano ou mustangue, foram introduzidos os cavalos neste continente,
como vocês bem sabem pelos colonizadores espanhóis, pois não existiam neste
continente. O mustangue é um cruzamento de cavalo hispano árabe, no filme no qual
se relata a historia deste cavalo, chamado “oceanos de fogo” onde vocês podem
ver, está baseado em factos reais como expressei anteriormente, no final deste
filme, onde se comenta todas as façanhas deste cavalo mustang, ganhador no seu
País, de corridas de largas distancias. Este cavalo foi competir numa corrida
no deserto da Arábia, com os puros sangues árabes. Os árabes a este cavalo
mustang, chamado pelo seu dono de fidalgo e de cor mesclado, como vocês bem
sabem é por ser manchado. Nos canários como bem sabem os aficionados os
manchados ou de duas cores diferentes, lhes chamam pios.
Os árabes a este cavalo por não ser para eles uma raça pura, lhe
chamaram impuro e acontece que este cavalo para eles impuro, nesta famosa
corrida que se celebrava como disse anteriormente nos desertos da Arábia,
ganhou a todos os puros sangue árabes e tiveram que aceitar e reconhecer o
grande mérito deste grande cavalo munstang ou mustangue, aqui tem vocês o
resultado dos bons cruzamentos, se forem positivos tratamo-los bem
geneticamente para que não se perca esse grande potencial genético, se os
resultados não forem bons deixa-se essa seleção feita pelo homem e outra coisa
será.
Toda a seleção genética que aporta qualidade para o que cada
criador deseja, para melhorar a sua raça, bem-vindo sejam, como sempre digo a
mim que mais me dá se um canto timbrado espanhol tem cruzamentos, se encima de
uma mesa é um genuíno canto timbrado espanhol e eu neste caso como criador
também decido que é e os juízes nos seus julgamentos o certifica que é um canto
timbrado espanhol, porque estão dentro do código ou standart e ficha de
julgamento desta raça de canto, aqui o que importa são os resultados genéticos
e não os seus cruzamentos por esta regra de três, qual é a consequência ,
origem e com que cruzamento surgiu o roller alemão e o malinois belga. Don
Rafael Martínez Morgado deixou bem claro e bem explicado no seu artigo que vem
na consequência de cruzamentos com serinus de canto e logo seleciona onde
queira cada criador, depois se encima de uma mesa, estamos ouvindo um bom canto
roller, umom canto malinois e se adaptam como o canto timbrado espanhol, ao
código ou standart, cada qual da raça e de sua ficha de julgamento e os
criadores destas raças de canto e também os juízes destas raças de canto
certificam que cada qual em sua raça são autênticos e genuínos malinois, roller
e canto timbrado espanhol, não tenho mais a dizer sobre este tema dos
cruzamentos.
Cultivemos todos os criadores, neste caso de canto com uma boa
genética e seleção, para melhorar nossos exemplares, com uns bons dotes canoros
como uma boa voz, descontinuidade e dicção ou ser mais pausado, harmonia e
musicalidade. Se a consequência são os cruzamentos desta raça de canto, para
melhorar a nossa própria raça bem-vindo sejam, que decida cada criador se quer
cruzar para melhorar seus exemplares, os que são mais conservadores e estão
contra os cruzamentos e estão o seu pleno direito, que não cruzem e todos
ficamos felizes, vivemos e deixamos viver.
Uma saudação a toda a “afición” de Francisco Aroca.
Nova raça de canários de Canto Descontinuo
Autor:
Vicente Jerez Gómez-Coronado
Badajoz,
Janeiro 2011
INTRODUÇÃO:
Desde a aprovação do Canário Timbrado Espanhol em Bruxelas, no ano de 1962, pela C.O.M., como a terceira raça de canário de canto, esta evoluiu de uma estética onde os notas contínuas tinham um papel preponderante e os jovens canários aprendiam o canto dos adultos, até hoje, que predomina uma estética descontinua e lenta, isolando auditivamente os jovens canários do canto do macho adulto durante o desenvolvimento de seu canto: o chamado “inatismo do canto”. Embora estes canários assim criados, frequentemente tenham um repertório muito curto e carente de musicalidade (canários “curtos” e “fraseadores”).
Uma parte dos criadores desta estética descontinua, apresentaram este canário à C.O.M.-E. para ser reconhecido como a quarta raça de canário de canto o Canário de Canto Espanhol Descontinuo, baseando-se na sua descontinuidade e lentidão, e a criação fundamentada no “canto inato”, que exclui a educação com um maestro adulto, chamado na gíria, o canário “Descontinuo não educado”.
Como é e se desenvolve o canto dos pássaros cantores, incluindo os canários, é um tema muito estudado por importantes investigadores no campo da Neurociência, pois a forma como os pássaros cantores adquirem o canto, constitui um modelo experimental primordial para o estudo de como os humanos aprendem a falar, sendo uma ferramenta essencial no campo da Neuropatologia e da Clínica prática. Entre estes biólogos investigadores, é justo destacar W H Thorpe, Peter Marler, Mark Konhishi e Fernando Nottebohm, das universidades de Cambridge, Berkeley, Rockefeller e do Instituto Tecnológico de Califórnia. Todos estes Professores estudaram a forma de como se modifica o canto dos cantores quando os jovens se desenvolvem sem ouvir nenhum canto de adulto e, inclusive, depois até de lhes causar surdez, sem se quer se ouvirem a si mesmo. Eles são da opinião que este pássaro assim desenvolvido, apresenta um canto que, embora ainda elaborado, é atípico, mais simples, apático (sem musicalidade) e com anormalidades no conjunto das sílabas incluídas nas distintas frases da canção, para além disso, apresenta uma importante perda de estéreo tipicidade. É chamado nas revistas de neurociência, “Canto Não Tutorizado”.
Dos dados aqui expostos, é razoável pôr a hipótese que o canto do Canário de Canto Espanhol Descontinuo -“Descontinuo não educado”- poderia corresponder ao do “Canto Não Tutorizado” descrito no parágrafo anterior, por causa das características de seu canto e o método de criação seguido com ele, sem ouvir um modelo de canto adulto. Além disso, a concretização de um canário descontinuo, depois de ouvir um modelo de canto adulto descontinuo – Canário “Descontinuo educado”-, põe em duvida o fundamento genético da solicitude da postulada nova raça de canário de canto, e cria a discussão hipotética de saber se a nova raça deve o seu canto descontinuo a uma dotação genética distinta do Timbrado, ou de ter desenvolvido o seu canto sem ter ouvido nenhuma canção ou canto de macho adulto, “inato”, ou seja, que seria nada mais que o " Canto Não Tutorado " a que nos referimos.
Este debate levantado, é o tema deste artigo que, na minha opinião, deveria ser participativo entre os criadores; farei uma revisão da literatura científica sobre os efeitos do isolamento auditivo em relação a um modelo de canto adulto que produz vantagem sobre o desenvolvimento do canto, vou rever a evolução histórica do Canto Timbrado Espanhol, desde o clássico, ao floreado, até chegar ao descontinuo, com e sem professor e muito brevemente dar conta no debate o que de mais importante apurei e tirar algumas conclusões.
PAPEL DA NÃO AUDIÇÃO DE UM MODELO ADULTO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO CANTO.
Desde a antiguidade que é conhecida a capacidade que alguns pássaros tem para imitar sons, no entanto, foi W. H. Thorpe, quem demonstrou nos anos 50, que os pássaros cantores exercem esta capacidade de forma habitual, pois tem a capacidade de aprender a cantar de forma parecida aos humanos como aprendem a falar, imitando modelos de canções que lhe proporcionam os adultos. Observou que os tentilhões comuns aprendiam a cantar de modelos adultos uma só vez na vida, moldando um canto similar ao deles, justamente antes de conseguirem a sua maturidade sexual. Posteriormente ao adquirirem a sua maturidade sexual, perdiam para sempre esta capacidade de aprender. Não acontece o mesmo com os canários, já que estes mudam o seu canto todos os anos e são, portanto, aprendizes ilimitados no tempo. Todos os anos tem o seu "período critico" antes de chegar a primavera, no final do Verão e Outono e parte do Inverno. Além disso, o mesmo autor também mostrou que as aves jovens estavam relutantes em adquirir sons característicos de outras espécies canoras, favorecendo respectivamente os da mesma espécie, ou seja, mostravam uma tendência na percepção, e consequentemente na aprendizagem, favorecendo os sons da mesma espécie canora. Ele atribuiu essa tendência a um mecanismo sensorial hereditário, a que lhe chamou de “anteprojecto” inato do canto, que funcionaria como um mecanismo de filtro sensorial que filtraria determinados sons e concentraria a atenção do aprendiz para os sons característicos da espécie e descartando outros.
O conceito de “anteprojecto” de Thorpe posteriormente evoluiu para o de “Planilha auditiva”; efectivamente, foi Marler, quem a definiu como um conjunto de pautas (notas) de canto características de cada espécie, baseando-se em duas experiências. Na primeira, realizada nos anos 60, Marler observou o mesmo que Thorpe viu nos tentilhões comuns, e noutras espécies de passiformes, incluindo os canários, que os jovens machos mantidos em isolamento auditivo em relação a outros machos adultos e durante o desenvolvimento do seu canto, mantendo intacto o sentido da audição, elaboravam um canto com as seguintes características:
1) criavam canções atípicas que se desviavam, num grau variável, da canção dos exemplares silvestres da sua mesma espécie (a estrutura de algumas sílabas eram distintas das habituais ou perdiam outras usuais) .
Desde a aprovação do Canário Timbrado Espanhol em Bruxelas, no ano de 1962, pela C.O.M., como a terceira raça de canário de canto, esta evoluiu de uma estética onde os notas contínuas tinham um papel preponderante e os jovens canários aprendiam o canto dos adultos, até hoje, que predomina uma estética descontinua e lenta, isolando auditivamente os jovens canários do canto do macho adulto durante o desenvolvimento de seu canto: o chamado “inatismo do canto”. Embora estes canários assim criados, frequentemente tenham um repertório muito curto e carente de musicalidade (canários “curtos” e “fraseadores”).
Uma parte dos criadores desta estética descontinua, apresentaram este canário à C.O.M.-E. para ser reconhecido como a quarta raça de canário de canto o Canário de Canto Espanhol Descontinuo, baseando-se na sua descontinuidade e lentidão, e a criação fundamentada no “canto inato”, que exclui a educação com um maestro adulto, chamado na gíria, o canário “Descontinuo não educado”.
Como é e se desenvolve o canto dos pássaros cantores, incluindo os canários, é um tema muito estudado por importantes investigadores no campo da Neurociência, pois a forma como os pássaros cantores adquirem o canto, constitui um modelo experimental primordial para o estudo de como os humanos aprendem a falar, sendo uma ferramenta essencial no campo da Neuropatologia e da Clínica prática. Entre estes biólogos investigadores, é justo destacar W H Thorpe, Peter Marler, Mark Konhishi e Fernando Nottebohm, das universidades de Cambridge, Berkeley, Rockefeller e do Instituto Tecnológico de Califórnia. Todos estes Professores estudaram a forma de como se modifica o canto dos cantores quando os jovens se desenvolvem sem ouvir nenhum canto de adulto e, inclusive, depois até de lhes causar surdez, sem se quer se ouvirem a si mesmo. Eles são da opinião que este pássaro assim desenvolvido, apresenta um canto que, embora ainda elaborado, é atípico, mais simples, apático (sem musicalidade) e com anormalidades no conjunto das sílabas incluídas nas distintas frases da canção, para além disso, apresenta uma importante perda de estéreo tipicidade. É chamado nas revistas de neurociência, “Canto Não Tutorizado”.
Dos dados aqui expostos, é razoável pôr a hipótese que o canto do Canário de Canto Espanhol Descontinuo -“Descontinuo não educado”- poderia corresponder ao do “Canto Não Tutorizado” descrito no parágrafo anterior, por causa das características de seu canto e o método de criação seguido com ele, sem ouvir um modelo de canto adulto. Além disso, a concretização de um canário descontinuo, depois de ouvir um modelo de canto adulto descontinuo – Canário “Descontinuo educado”-, põe em duvida o fundamento genético da solicitude da postulada nova raça de canário de canto, e cria a discussão hipotética de saber se a nova raça deve o seu canto descontinuo a uma dotação genética distinta do Timbrado, ou de ter desenvolvido o seu canto sem ter ouvido nenhuma canção ou canto de macho adulto, “inato”, ou seja, que seria nada mais que o " Canto Não Tutorado " a que nos referimos.
Este debate levantado, é o tema deste artigo que, na minha opinião, deveria ser participativo entre os criadores; farei uma revisão da literatura científica sobre os efeitos do isolamento auditivo em relação a um modelo de canto adulto que produz vantagem sobre o desenvolvimento do canto, vou rever a evolução histórica do Canto Timbrado Espanhol, desde o clássico, ao floreado, até chegar ao descontinuo, com e sem professor e muito brevemente dar conta no debate o que de mais importante apurei e tirar algumas conclusões.
PAPEL DA NÃO AUDIÇÃO DE UM MODELO ADULTO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO CANTO.
Desde a antiguidade que é conhecida a capacidade que alguns pássaros tem para imitar sons, no entanto, foi W. H. Thorpe, quem demonstrou nos anos 50, que os pássaros cantores exercem esta capacidade de forma habitual, pois tem a capacidade de aprender a cantar de forma parecida aos humanos como aprendem a falar, imitando modelos de canções que lhe proporcionam os adultos. Observou que os tentilhões comuns aprendiam a cantar de modelos adultos uma só vez na vida, moldando um canto similar ao deles, justamente antes de conseguirem a sua maturidade sexual. Posteriormente ao adquirirem a sua maturidade sexual, perdiam para sempre esta capacidade de aprender. Não acontece o mesmo com os canários, já que estes mudam o seu canto todos os anos e são, portanto, aprendizes ilimitados no tempo. Todos os anos tem o seu "período critico" antes de chegar a primavera, no final do Verão e Outono e parte do Inverno. Além disso, o mesmo autor também mostrou que as aves jovens estavam relutantes em adquirir sons característicos de outras espécies canoras, favorecendo respectivamente os da mesma espécie, ou seja, mostravam uma tendência na percepção, e consequentemente na aprendizagem, favorecendo os sons da mesma espécie canora. Ele atribuiu essa tendência a um mecanismo sensorial hereditário, a que lhe chamou de “anteprojecto” inato do canto, que funcionaria como um mecanismo de filtro sensorial que filtraria determinados sons e concentraria a atenção do aprendiz para os sons característicos da espécie e descartando outros.
O conceito de “anteprojecto” de Thorpe posteriormente evoluiu para o de “Planilha auditiva”; efectivamente, foi Marler, quem a definiu como um conjunto de pautas (notas) de canto características de cada espécie, baseando-se em duas experiências. Na primeira, realizada nos anos 60, Marler observou o mesmo que Thorpe viu nos tentilhões comuns, e noutras espécies de passiformes, incluindo os canários, que os jovens machos mantidos em isolamento auditivo em relação a outros machos adultos e durante o desenvolvimento do seu canto, mantendo intacto o sentido da audição, elaboravam um canto com as seguintes características:
1) criavam canções atípicas que se desviavam, num grau variável, da canção dos exemplares silvestres da sua mesma espécie (a estrutura de algumas sílabas eram distintas das habituais ou perdiam outras usuais) .
2)
mais simples (menor número de sílabas diferentes e com estruturas silábicas
mais simples nas canções), ainda que elaboradas.
5)
anormalidades na formação das sílabas dentro das distintas frases da canção.
A
este tipo de canto chamou-lhe “Canto Não Tutorizado”. Observou que este
empobrecimento do canto, de não ouvir as canções de um macho adulto, se
atenuava quando estavam acompanhados de outros jovens no mesmo voador. Também
observou que o isolamento auditivo, bem como a exposição abundante a sons de
volume elevado, atraso na maturação do sistema de controlo de canto, prolongava
o tempo necessário para alcançar a sua maturação.
A segunda experiência que realizou este autor nestas mesmas espécies de passeriformes foi a indução de surdez por lesão de ambas as cócleas (órgão sensorial que contem os receptores auditivos que permitem a percepção dos sons), em fases precoces do desenvolvimento, isso resultou em canções altamente degradadas, com resultados, semelhantes, mas mais acentuados, aos observados em isolamento acústico em relação a outros indivíduos da sua espécie.
PETER MARLER MOSTROU NUM SONOGRAMA O CANTO DE PÁSSAROS PASSERIFORMES:
Sendo a e b o registo de um adulto normal selvagem e b e c, de jovens criados por casais em isolamento de todo o canto de adulto, neste o canto era mais simples que no adulto normal, mas era mais complexo que nos jovens criados em solitário e em isolamento de todo o canto de adulto.
(Transcrição da entrevista a Peter Marler, Em “Learning to go Cheep”; New Scientist, 17 May, 1979. Reed Business Information).
Em consequência disto, Marler, comprovou que a audição do canto de um modelo adulto da sua raça é necessário para que os jovens desenvolvam um canto normal, em caso contrário, no isolamento acústico ou surdez precoce, o canto é atípico, simples, inativo, com dificuldade para formar as sílabas e pouco estereotipado. Para além disso, a presença deste canto, ainda que pobre, e apesar do isolamento auditivo de um modelo de canto adulto e/ou da provocação de surdez precocemente, surgiu a Marler a ideia de uma "Planilha auditiva herdada ou inata”, ou seja, um conjunto de pautas ou notas de canto inato, características da espécie. Por outro lado, o facto de encontrar uma maior variação do canto, entre e dentro de cada individuo, notou que essa Planilha inata era muito rudimentar ou elementar para permitir tão grandes variações no canto: a “Planilha” consistia numas escassas instruções que se transmitiam às vias motoras do canto, assim, como em hipótese alternativa à “Planilha auditiva inata”, o mesmo Marler apontou para a existência de “programas motores inatos” que especificariam instruções muito gerais às vias motoras vocais e produziriam um canto rudimentar, com algum grau de especificidade com a espécie e um alto grau de variação 15.
No entanto, foi Konishi, também nos anos 60, o primeiro a formular o conceito de uma “Planilla auditiva adquirida” como um principio geral de aprendizagem das aves cantoras através da imitação de um modelo adulto. Experimentou, também, induzindo a surdez completa nas aves, em sucessivos estados evolutivos do canto destas, desde estados muito precoces até à cristalização do canto. Konishi observou, como Marler, um padrão de canto muito atípico, simples, inativo, com dificuldade para formar as sílabas e pouco estereotipado, quando a lesão auditiva se produz em estados precoces do desenvolvimento do canto, independentemente da experiência auditiva prévia, enquanto que conservavam um padrão de canto mais estável e estruturado quando a lesão se produz depois da cristalização do canto. Destas observações deduz que, 1º a audição do canto de um modelo adulto por um aprendiz é identificada, codificada e memorizada por este, servindo de Planilha de julgamento ou guia para o desenvolvimento da vocalização do seu canto, 2º o normal funcionamento das vias motoras reguladoras do canto não são suficientes para o desenvolvimento totalmente normal do canto, pelo menos, fazem falta estímulos auditivos que a ave cantora deve memorizar, 3º a privação de uma experiencia auditiva tem um efeito negativo determinante no desenvolvimento do canto, será mais importante quanto mais precocemente se realize essa privação, perde as características típicas da espécie, é mais simples, mais inativa, ainda que elaborada, e apresenta dificuldade para formar as sílabas e uma importante perda de tipicidade estéreo, 4º entendeu que era essencial a existência de um “feed-back auditivo”, mecanismo de retro alimentação que permite ouvir o pássaro cantor o seu próprio canto e modular a sua execução, em função de como seja dita a audição. Isto acontece perante a comparação entre a “Planilha de julgamento” auditiva e a canção vocalizada, que surge, 5º o Erro Acústico, que possibilita a conversão fiel das canções memorizadas nas canções executadas. Esta última afirmação deduzida da comparação de um canto mais anormal, mostrado por pássaros com menor duração de experiência auditiva antes da lesão coclear, em relação a um canto mais estável mostrado por aquelas aves nas que a lesão coclear se produz uma vez cristalizado o canto. Efectivamente, a disponibilidade durante mais tempo da função auditiva e do “feed-back auditivo”, possibilitaria, além da memorização do modelo adulto, a comparação desse canto memorizado com o que desenvolve a ave, orientando-a para a igualdade de ambos.
Os estudos citados, mostram que o sistema de canto dos canários forma um todo complexo que abrange os órgãos fonadores e um “Sistema de Controle do Canto”, que inclui os núcleos cerebrais relacionados com o canto e o sistema hipotálamo-hipofisario-genital, todos regulados por um conjunto amplo de genes, que constituem o genótipo canoro. Este Sistema de Controle do Canto sustenta os “Mecanismos básicos do canto”: Planilha de Julgamento Auditiva, Feed-back Auditivo, Erro Acústico, Modulação hormonal dos núcleos cerebrais e Neurogéneses, e Período crítico de aprendizagem. Este genótipo canoro que controla o Sistema de Controle do Canto, prevê a audição de um canto de adulto para o desenvolvimento do canto, e no caso contrário – como fica provado não funciona de forma normal e dá lugar a um canto anormal, pobre, amorfo, com difícil formação das sílabas e escassa estéreo tipicidade, mas não os expressa melhor ou seja, a ausência de audição tira eficiência ao canto desenvolvido. Podemos concluir que a influência da audição sobre o desenvolvimento do canto, não só não impede a expressão dos genes de canto, mas como também não as traduz melhor. Em sentido contrário, o “inatismo do canto” dificulta a expressão dos genes.
A segunda experiência que realizou este autor nestas mesmas espécies de passeriformes foi a indução de surdez por lesão de ambas as cócleas (órgão sensorial que contem os receptores auditivos que permitem a percepção dos sons), em fases precoces do desenvolvimento, isso resultou em canções altamente degradadas, com resultados, semelhantes, mas mais acentuados, aos observados em isolamento acústico em relação a outros indivíduos da sua espécie.
PETER MARLER MOSTROU NUM SONOGRAMA O CANTO DE PÁSSAROS PASSERIFORMES:
Sendo a e b o registo de um adulto normal selvagem e b e c, de jovens criados por casais em isolamento de todo o canto de adulto, neste o canto era mais simples que no adulto normal, mas era mais complexo que nos jovens criados em solitário e em isolamento de todo o canto de adulto.
(Transcrição da entrevista a Peter Marler, Em “Learning to go Cheep”; New Scientist, 17 May, 1979. Reed Business Information).
Em consequência disto, Marler, comprovou que a audição do canto de um modelo adulto da sua raça é necessário para que os jovens desenvolvam um canto normal, em caso contrário, no isolamento acústico ou surdez precoce, o canto é atípico, simples, inativo, com dificuldade para formar as sílabas e pouco estereotipado. Para além disso, a presença deste canto, ainda que pobre, e apesar do isolamento auditivo de um modelo de canto adulto e/ou da provocação de surdez precocemente, surgiu a Marler a ideia de uma "Planilha auditiva herdada ou inata”, ou seja, um conjunto de pautas ou notas de canto inato, características da espécie. Por outro lado, o facto de encontrar uma maior variação do canto, entre e dentro de cada individuo, notou que essa Planilha inata era muito rudimentar ou elementar para permitir tão grandes variações no canto: a “Planilha” consistia numas escassas instruções que se transmitiam às vias motoras do canto, assim, como em hipótese alternativa à “Planilha auditiva inata”, o mesmo Marler apontou para a existência de “programas motores inatos” que especificariam instruções muito gerais às vias motoras vocais e produziriam um canto rudimentar, com algum grau de especificidade com a espécie e um alto grau de variação 15.
No entanto, foi Konishi, também nos anos 60, o primeiro a formular o conceito de uma “Planilla auditiva adquirida” como um principio geral de aprendizagem das aves cantoras através da imitação de um modelo adulto. Experimentou, também, induzindo a surdez completa nas aves, em sucessivos estados evolutivos do canto destas, desde estados muito precoces até à cristalização do canto. Konishi observou, como Marler, um padrão de canto muito atípico, simples, inativo, com dificuldade para formar as sílabas e pouco estereotipado, quando a lesão auditiva se produz em estados precoces do desenvolvimento do canto, independentemente da experiência auditiva prévia, enquanto que conservavam um padrão de canto mais estável e estruturado quando a lesão se produz depois da cristalização do canto. Destas observações deduz que, 1º a audição do canto de um modelo adulto por um aprendiz é identificada, codificada e memorizada por este, servindo de Planilha de julgamento ou guia para o desenvolvimento da vocalização do seu canto, 2º o normal funcionamento das vias motoras reguladoras do canto não são suficientes para o desenvolvimento totalmente normal do canto, pelo menos, fazem falta estímulos auditivos que a ave cantora deve memorizar, 3º a privação de uma experiencia auditiva tem um efeito negativo determinante no desenvolvimento do canto, será mais importante quanto mais precocemente se realize essa privação, perde as características típicas da espécie, é mais simples, mais inativa, ainda que elaborada, e apresenta dificuldade para formar as sílabas e uma importante perda de tipicidade estéreo, 4º entendeu que era essencial a existência de um “feed-back auditivo”, mecanismo de retro alimentação que permite ouvir o pássaro cantor o seu próprio canto e modular a sua execução, em função de como seja dita a audição. Isto acontece perante a comparação entre a “Planilha de julgamento” auditiva e a canção vocalizada, que surge, 5º o Erro Acústico, que possibilita a conversão fiel das canções memorizadas nas canções executadas. Esta última afirmação deduzida da comparação de um canto mais anormal, mostrado por pássaros com menor duração de experiência auditiva antes da lesão coclear, em relação a um canto mais estável mostrado por aquelas aves nas que a lesão coclear se produz uma vez cristalizado o canto. Efectivamente, a disponibilidade durante mais tempo da função auditiva e do “feed-back auditivo”, possibilitaria, além da memorização do modelo adulto, a comparação desse canto memorizado com o que desenvolve a ave, orientando-a para a igualdade de ambos.
Os estudos citados, mostram que o sistema de canto dos canários forma um todo complexo que abrange os órgãos fonadores e um “Sistema de Controle do Canto”, que inclui os núcleos cerebrais relacionados com o canto e o sistema hipotálamo-hipofisario-genital, todos regulados por um conjunto amplo de genes, que constituem o genótipo canoro. Este Sistema de Controle do Canto sustenta os “Mecanismos básicos do canto”: Planilha de Julgamento Auditiva, Feed-back Auditivo, Erro Acústico, Modulação hormonal dos núcleos cerebrais e Neurogéneses, e Período crítico de aprendizagem. Este genótipo canoro que controla o Sistema de Controle do Canto, prevê a audição de um canto de adulto para o desenvolvimento do canto, e no caso contrário – como fica provado não funciona de forma normal e dá lugar a um canto anormal, pobre, amorfo, com difícil formação das sílabas e escassa estéreo tipicidade, mas não os expressa melhor ou seja, a ausência de audição tira eficiência ao canto desenvolvido. Podemos concluir que a influência da audição sobre o desenvolvimento do canto, não só não impede a expressão dos genes de canto, mas como também não as traduz melhor. Em sentido contrário, o “inatismo do canto” dificulta a expressão dos genes.
O
canto de um modelo adulto é ouvido, codificado e memorizado nos núcleos tele
encefálicos anteriores do aprendiz, dando lugar à “Planilha Auditiva”: Fase
sensorial da Aprendizagem. Estes núcleos, também são capazes de comparar essa
Planilha com o canto vocalizado pelo próprio canário, detectar as diferenças ou
“Erro Acústico” e dar “Instruções” aos núcleos motores para adequar o canto
vocalizado à Planilha Auditiva: Fase sensorial-motora da Aprendizagem. As
conexões que possibilitam que a canção vocalizada seja ouvida pelo próprio
canário, permitem a sua comparação com a Planilha Auditiva e elaboram
instruções para modificar a vocalização, formando o “Feed-back” auditivo,
necessário para a aprendizagem durante a Fase sensorial-motora, e para a
manutenção do canto.
(Modificado
de M S Brainard. Ann N Y Acad Sci. 2004; In: Behavioral Neurobiology of birdsong. An NY
Acad Sci, 2004. Philip H and Marler P, Eds.1016: 377-399).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CANTO DO CANÁRIO TIMBRADO
CLÁSSICO, FLOREADO E DESCONTINÚO, SEM PROFESSOR E EDUCADO:
CLÁSSICO, FLOREADO E DESCONTINÚO, SEM PROFESSOR E EDUCADO:
Em
1954 a Associação de Canaricultores Espanhóis confeccionou, partindo dos
Canários do País, um Código de Canto e baptizou-o como raça e com o nome de
Timbrado Espanhol. Foi em Bruxelas, no ano de 1962, durante e no decorrer do
"X Campeonato Mundial da C.O.M.", e com o pedido da A.C.E., foi
quando por fim se reconheceu internacionalmente o Timbrado Espanhol. Desde
então sucederam-se até hoje, diversos Códigos de Canto através das sucessivas
Comissões Técnicas de Canto Timbrado Espanhol, configurando-se uma evolução na
postura do canto deste canário. Foram os criadores chamados “floristas” que
possibilitaram uma mudança desde uma estética ou forma de “canto contínuo” onde
predominavam as notas continuas, Timbres e Rodadas (rulos), a outra foi o
“canto semi-continuo”, com o auge dos floreios e Floreios Lentos e a
depreciação das notas continuas, até se chegar ao ponto da sua exclusão.
Inclusive mais tarde, também se depreciaram os Cloqueios e Castanholas como notas
semi-continuas: assim se seleccionou preferentemente um canto com Floreios
Lentos e Variações Conjuntas – e até estas últimas também se foram perdendo -,
chegando-se a um canário baseado quase exclusivamente num “canto descontinuo”,
com um canto baseado em Floreios e Floreios Lentos, sem notas contínuas, com
uma escassez de semi-continuas e também de Variações Conjuntas, portanto, com
um repertório curto, apesar de se dizer, que interessa mais a qualidade que a
quantidade das notas, e frequente ausência de musicalidade, que foi substituída
por cadências “como automatizadas” (Diz-se que é um pássaro
"fraseador"). Neste ponto, alguns dos protagonistas deste canto
descontinuo, agrupados em diversas associações, solicitaram através da
F.O.C.V.A., o reconhecimento à C.O.M.-E. como quarta raça de canário de canto o
“Canário de Canto Espanhol Descontinuo”, baseando-se na sua descontinuidade e
lentidão numa voz que se situa em registos tonais medio-altos e moderadamente
altos, com a qualidade de serem predominantemente brilhantes, e dando ênfase de
destaque às notas compostas, através do processo de seleção chamado de
“inatismo no canto”, que exclui a educação com um modelo de canto adulto.
Há
que notar que paralelamente a esta evolução descrita do canto do Timbrado, foi
iniciado e generalizado entre os criadores que seguindo este processo - até se
normalizar entre eles, o isolar auditivamente os jovens canários durante o
desenvolvimento de seu canto, do canto do macho adulto.
Também
é significativo o surgimento nos últimos anos de um canário Timbrado que se
ajusta à estética de descontinuidade no canto, que apresenta um canto
descontinuo, lento, sem notas continuas, com abundâncias de floreios e floreios
lentos, com um repertório mais amplo (conservando os cloqueios, castanholas,
cascavéis e campainhas.), maior estéreo tipicidade e musicalidade no canto.
Curiosamente, estes canários desenvolveram o canto ouvindo um CD com um canto
elaborada a partir do canto de diversos canários, em que se eliminaram as notas
continuas e se representa um canto descontinuo. Este facto põe em dúvida o
fundamento da solicitação da postulada nova raça de Canário Descontinuo,
criando uma discussão quanto à admissibilidade desta nova raça devendo o seu
canto descontinuo, lento, "curto" ou pobre, carente de musicalidade e
estéreo tipicidade ser uma dotação genética diferente do Timbrado, ou ter
desenvolvido o seu canto sem ter ouvido qualquer canto de macho adulto?
DEBATE LEVANTADO COM O CANÁRIO DESCONTINUO:
Este
debate é baseado numa única questão: qual é o canto do canário descontínuo que
corresponde a uma nova raça com uma dotação genética diferente do Timbrado, ou
melhor, a um Timbrado de canto, " Não Turorizado " por ter
desenvolvido o seu canto sem ter ouvido qualquer canto de macho adulto?
Esta
pergunta tem uma fundamento e propomos um método para lhe responder.
Este
fundamento é duplo. O primeiro é a observação e descrição exaustiva da
literatura científica sobre a associação entre o método de desenvolvimento do
canto com o isolamento acústico em relação ao canto de um modelo adulto da raça
(circunstância esta que ocorre no Canário Descontinuo "Não Educado")
.
E o
aparecimento do "Canto Não tutorizado": canto anormal, pobre,
inativo, com difícil formação das sílabas e escassa estéreo tipicidade.
O
segundo fundamento é a evidente semelhança entre este "canto não
tutorizado" e o canto dos canários descontínuo "não educados",
esta similaridade que podemos apreciar ao ouvir uma grande parte dos exemplares
apresentados em nossos Concursos.
No
que respeita ao método e para responder à pergunta, proponho a realização de um
estudo experimental bem elaborado sobre um grupo de canários machos da nova
raça de “Descontínuos” que sejam distribuídos aleatoriamente em dois subgrupos:
um subgrupo isolá-lo acusticamente de todo um modelo de canto adulto, o outro
dar-lhe a ouvir um modelo de canto adulto “Continuo”. Esta experiência também
deve ser feita ao mesmo tempo e do mesmo modo com outro grupo formado com
canários “Contínuos” e também distribuídos em dois subgrupos aleatoriamente:
sobre um isolá-lo também acusticamente de todo modelo de canto adulto, e o
outro dar-lhe a ouvir um modelo de canto adulto, mas “Descontinuo”.
Se
ao analisarmos os resultados comparativos dos canários “Descontínuos” e
“Contínuos”, e constatarmos que os primeiros cantam como tal, com e sem a
audição de um modelo de canto “continuo”, e os segundos não, teríamos
demonstrado a evidência da natureza genética da descontinuidade analisada e
rejeitado a hipótese do canário “Não Tutorizado”. A C.O.M.-E. teria o caminho
livre para a sua aprovação, e todos os aficionados aplaudiriam. Em caso
contrário deve-se entender que o canto do canário Descontinuo não corresponde a
uma nova raça, senão ao canto “Não Tutorizado” do Timbrado.
Por
outro lado e como vimos anteriormente, fica evidenciado na bibliografia
referenciada que o método de criação com isolamento de audição de um modelo
adulto, o “innatismo”, é anti fisiológico, não é eficiente e dificulta a
expressão do genótipo canoro. Seria para a canaricultura como é para o
atletismo privar um atleta durante a sua formação, do contacto com outros
corredores mais experientes e até mesmo de um treinador, só pelo simples facto
de ver “ a originalidade de seus movimentos” durante a corrida.
Pelos
motivos acima expostos, parece-me que o mais prudente e sábio para a promoção
da perfeição e beleza do canto de nossas pássaros, bem como para proteger a
liberdade dos criadores, considerar em pé de igualdade os canários
"educados" e "não educados". O criador que
"eduque", terá a segurança de que o canto de seus canarios se reflete
na sua dotação genética. O criador que "não eduque" tem a opção de
atenuar as carências do canto colocando no voador vários machos juntos, que são
acompanhados, esperar algum tempo até que eles completem a maturação mais
tardia do seu canto, e depois "modular", se assim o desejar e segundo
a arte de os isolar auditivamente a seu tempo e de forma hábil: tudo isto é
válido para todos aqueles que preferem a beleza de canto do canário "não
educado”.
1)
Existe uma convergência geral de todos os criadores – com excepção da F. O. E.
- na preferência de uma estética de canto descontínuo para os canários
Timbrados.
2
Existem dados mais que suficientes para formular fundadamente a dúvida de que o
"Canário de Canto Espanhol Descontinuo" corresponde a uma raça com
dotação genética, distinta à do Timbrado, ou é um Timbrado com um canto “Não
Tutorizado”.
3)
Para se tirar esta dúvida, tem que se fazer um trabalho experimental bem
elaborado, igual ao que se propõe neste artigo. A aprovação da nova raça
descontinua, procedente do Timbrado, por parte da C.O.M., logicamente, a sua
opinião se baseará num estudo piloto, igual ao descrito anteriormente neste
mesmo artigo.
4)
O genótipo canoro dos canários prevê que estes desenvolvam o seu canto mediante
a imitação do canto de um modelo adulto; para isso os seus genes desenvolvem o
órgão fonatório e um Sistema de Controle do Canto, que sustentam os mecanismos
básicos do canto, que tenham com a audição de um canto adulto; ou seja, que
esta audição favoreça a expressão dos genes do seu canto.
5)
O método de criação de canários com isolamento auditivo em relação a um modelo
adulto (“inatissimo”), deve ser considerado como anti fisiológico, pois: a) não
é um método eficiente para desenvolver o canto (produz um canto anormal, pobre,
inato, com difícil formação das sílabas e escassa estéreo tipicidade); b)
dificulta a expressão no canto do genótipo canoro; e c) não é necessário para
obter um canto descontinuo, como mostra o canto descontinuo dos canários
“Descontínuos educados”.
6)
Em consequência, não há razões biológicas nem formas objectivas para não
considerar em pé de igualdad o canario “educado” em relação ao “não educado”.
7)
Embora, a margem dos dados biológicos, da canaricultura se movimentem no âmbito
da forma subjectiva e da liberdade do criador; por consequência, é a vontade
destes criadores que se deve primar na formação do canto de nossos canários
(“educado” ou “não educado”), e as Associações e Federações serão os seus
defensores.
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Opinião pessoal
sobre o canário silvestre
Por: Francisco Aroca Montolio
Vejo que você dá a sua
opinião sobre o canário silvestre e que acho que é boa e respeito. Agora
permita-me que lhe dê também a minha opinião pessoal sobre o canário silvestre,
também me parece fundamental nesta vida o respeito pelos outros que não tenham
o mesmo critério, o respeito é fundamental entre os seres humanos sem tentar
depreciar ao que pensa de forma diferente.
Tenho que lhe dizer que a minha linha de canto timbrado espanhol actualmente tem nove ou dez gerações de canário silvestre, bem como todos bem sabem e como eu já disse várias vezes, com outros cruzamentos que eu pensava oportuno para melhorar geneticamente os meus canários. Tento, igual a muitíssimos outros criadores, incorporar os meus cruzamentos com o melhor de cada exemplar para obter o máximo potencial genético de cada um deles e fazer um pássaro que cante a meu gosto e não ao gosto de um certo juiz e, portanto, melhorando as qualidades genéticas de pássaros que eu quero. Na minha casa entraram cruzamentos de canários silvestres porque eu vi que eles poderiam contribuir com algo positivo e também ter a sorte de alguns meus amigos terem incorporado alguns canários silvestres com fêmeas e machos da minha linha, portanto tenho ganho muito e avançado, por saber de onde vêem. Vários amigos meus deram-me 8 canários silvestres puros, para lhes observar as suas aptidões canoras e nenhum deles vi condições óptimas para os cruzar com algumas de minhas fêmeas, saiba você se qualquer um deles tivesse visto qualidades canoras e ao mesmo tempo genética que eu quero para poder ser um bom progenitor, tinha-lhe posto a melhor fêmea de minha casa. Para poder começar um bom trabalho desde o principio, não era possível, pois eram uns pássaros com um a siringe e sacos aéreos que não eram óptimos para as minhas exigências canoras e também genéticas. Eram passaritos muito nervosos com um ritmo de canto bastante acelerado ou rápido, recortando muito o canto por carecerem, como disse anteriormente, de uns bons sacos aéreos e uma boa siringe. Como você bem sabe, estas qualidades transmitem-se geneticamente , como é óbvio, trabalhando-as com uma linha de canto timbrado espanhol com alguma qualidade aceitável, e com o tempo ao afastar-se muito do canário silvestre, melhorar os seus dotes canoros, e assim, cada criador vai tirando partido desses cruzamentos. Faço-lhe a seguinte pergunta, se para você o canário silvestre é uma maravilha, o que para mim é muito respeitável, porque não se fez ao longo da história um código Standard e ficha de canto para este passarito como fizeram para o roller, o malinois e para o nosso querido canto timbrado espanhol e outras raças de silvestres que como você bem sabe tem o seu código de canto e ficha de julgamento como é o caso do pintassilgo, do pintarroxo, da milharinha ou chamariz, do verdilhão e do tentilhão? Eu posso-lhe dizer porquê, porque o canto é normalíssimo e não tem aptidões canoras suficientes para que se possa fazer um código e Ficha de Julgamento. Este passarito costuma ser mais utilizado é para renovar sangue. Você sabe! Que quando ouvi este pássaro cantar pela primeira vez fiquei bastante decepcionado, esperava ouvir uns bons cloqueios, umas boas águas, umas boas compostas ou variações conjuntas, umas boas castanholas, uns bons cascavéis, etc.etc.etc, e ainda muito menos ouvir, como alguns técnicos dizem, esses floreios espectaculares tipo rouxinol, melro, etc.etc.etc, pois nada de nada, contudo desses simpáticos passaritos só lhes resta alguns timbres bons e outros maus, riscadas nem lhe conto, de “ch” e renideros nem te digo, mas nesta vida tudo se tem que respeitar , quem os tiver por bem que os utilize e os trabalhe e os cruze e àqueles que não lhes interesse trabalhar nem cruzá-los muitas vezes, são na mesma respeitados. Saiba você que a minha pouca experiencia com os cruzamentos da milharinha ou chamariz, como bem sabe, é da família dos serinus e portanto fértil, sabendo-a trabalhar e sabendo realizar bons cruzamentos, se pode chegar a um resultado igual ou melhor que cruzando com um canário silvestre, portanto deixamos que cada criador cruze ou não cruze com o que julgar conveniente e que seja feliz, sempre será o juiz o mais adequado par ouvir o exemplar encima da mesa e aplicar o código que estudou e não o seu código pessoal, se é um canto timbrado espanhol ou não.
Um abraço a J.A. Deniz Herrera e a toda a “afición”.
Tenho que lhe dizer que a minha linha de canto timbrado espanhol actualmente tem nove ou dez gerações de canário silvestre, bem como todos bem sabem e como eu já disse várias vezes, com outros cruzamentos que eu pensava oportuno para melhorar geneticamente os meus canários. Tento, igual a muitíssimos outros criadores, incorporar os meus cruzamentos com o melhor de cada exemplar para obter o máximo potencial genético de cada um deles e fazer um pássaro que cante a meu gosto e não ao gosto de um certo juiz e, portanto, melhorando as qualidades genéticas de pássaros que eu quero. Na minha casa entraram cruzamentos de canários silvestres porque eu vi que eles poderiam contribuir com algo positivo e também ter a sorte de alguns meus amigos terem incorporado alguns canários silvestres com fêmeas e machos da minha linha, portanto tenho ganho muito e avançado, por saber de onde vêem. Vários amigos meus deram-me 8 canários silvestres puros, para lhes observar as suas aptidões canoras e nenhum deles vi condições óptimas para os cruzar com algumas de minhas fêmeas, saiba você se qualquer um deles tivesse visto qualidades canoras e ao mesmo tempo genética que eu quero para poder ser um bom progenitor, tinha-lhe posto a melhor fêmea de minha casa. Para poder começar um bom trabalho desde o principio, não era possível, pois eram uns pássaros com um a siringe e sacos aéreos que não eram óptimos para as minhas exigências canoras e também genéticas. Eram passaritos muito nervosos com um ritmo de canto bastante acelerado ou rápido, recortando muito o canto por carecerem, como disse anteriormente, de uns bons sacos aéreos e uma boa siringe. Como você bem sabe, estas qualidades transmitem-se geneticamente , como é óbvio, trabalhando-as com uma linha de canto timbrado espanhol com alguma qualidade aceitável, e com o tempo ao afastar-se muito do canário silvestre, melhorar os seus dotes canoros, e assim, cada criador vai tirando partido desses cruzamentos. Faço-lhe a seguinte pergunta, se para você o canário silvestre é uma maravilha, o que para mim é muito respeitável, porque não se fez ao longo da história um código Standard e ficha de canto para este passarito como fizeram para o roller, o malinois e para o nosso querido canto timbrado espanhol e outras raças de silvestres que como você bem sabe tem o seu código de canto e ficha de julgamento como é o caso do pintassilgo, do pintarroxo, da milharinha ou chamariz, do verdilhão e do tentilhão? Eu posso-lhe dizer porquê, porque o canto é normalíssimo e não tem aptidões canoras suficientes para que se possa fazer um código e Ficha de Julgamento. Este passarito costuma ser mais utilizado é para renovar sangue. Você sabe! Que quando ouvi este pássaro cantar pela primeira vez fiquei bastante decepcionado, esperava ouvir uns bons cloqueios, umas boas águas, umas boas compostas ou variações conjuntas, umas boas castanholas, uns bons cascavéis, etc.etc.etc, e ainda muito menos ouvir, como alguns técnicos dizem, esses floreios espectaculares tipo rouxinol, melro, etc.etc.etc, pois nada de nada, contudo desses simpáticos passaritos só lhes resta alguns timbres bons e outros maus, riscadas nem lhe conto, de “ch” e renideros nem te digo, mas nesta vida tudo se tem que respeitar , quem os tiver por bem que os utilize e os trabalhe e os cruze e àqueles que não lhes interesse trabalhar nem cruzá-los muitas vezes, são na mesma respeitados. Saiba você que a minha pouca experiencia com os cruzamentos da milharinha ou chamariz, como bem sabe, é da família dos serinus e portanto fértil, sabendo-a trabalhar e sabendo realizar bons cruzamentos, se pode chegar a um resultado igual ou melhor que cruzando com um canário silvestre, portanto deixamos que cada criador cruze ou não cruze com o que julgar conveniente e que seja feliz, sempre será o juiz o mais adequado par ouvir o exemplar encima da mesa e aplicar o código que estudou e não o seu código pessoal, se é um canto timbrado espanhol ou não.
Um abraço a J.A. Deniz Herrera e a toda a “afición”.
História do canto timbrado espanhol doa a quem doer
Por: Francisco Aroca
Ricardo Gutiérrez Alvarez vs Francisco Aroca Montolio
Ricardo, vamos a mudar de tema e vamos falar desse pássaro que tu
tanto falas, o canário do País ou de Vic. Para mim foi um mero feito e uma
mentira da época, não havendo nada constatado ao longo da sua historia e que
tem sido uma grande parafernália que tem servido de argumentos para desta maneira
não reconhecerem a única e verdadeira raça de canto timbrado espanhol. Sempre
se aproveitaram e se aproveitam estes oportunistas de ocasião e retratores do
trabalho dos outros neste caso dos arquitectos e criadores do canto timbrado
espanhol. A partir do momento em que se reconheceu a raça do canto timbrado
espanhol todos se aproveitaram, ao canário do país ou de Vic e igualmente o
canário silvestre, nunca lhes foi feito nenhum código de canto ou ficha de
julgamento, portanto como disse anteriormente tem sido é e será uma mentira e
parafernália ao longo da história. Toda esta mentira tem sido sempre para
tentar destruir o canto timbrado espanhol. Ricardo continuando, vou-te dizer se
tu não sabes, qual é o canário chamado do País, também raça espanhola ou como
carinhosamente lhe chamam também na gíria os aficionados da canaricultura ou
ornitologia, por sua baixa estatura como espanholito, canário do País ou raça
espanhola.
É uma raça reconhecida pela COM como canário de postura e não de
canto um dos pontos do seu código e standard é não ultrapassar os 11 cm de
tamanho, a sua raça consiste em cruzamentos com o canário silvestre, dizem
também os aficionados desta bela raça, que também se cruzou com a milheirinha
ou chamariz ou serinus serinus, que como bem sabes é o mesmo é de pequeno
tamanho e com um bom fenótipo por isso tem alguma lógica ter sido cruzado com
esses pássaros, também se cruzou com pássaros de cor daquela época, até se
decidir o seu código e standard, claro, estes pássaros de cor eram os que tinham
menos tamanho ou mais pequenos esta bela raça de postura, chamado canário do
País, raça espanhola ou espanholito no seu código e standard estão admitidas
uma infinidade de cores, espero Ricardo que tenhas claro e sem subestimar a tua
sabedoria dentro da tua ornitologia ou canaricultura e também de outros
aficionados que é uma raça de postura e não de canto, chamado canário do País,
raça espanhola ou espanholito. Uma saudação pessoal para ti e todos os
aficionados em geral.
Artigo partilhado por Juan António Bautista e por
Francisco Aroca
Os culpados desta actual situação no canto timbrado espanhol, é da
responsabilidade de alguns juízes que estudaram o código do timbrado espanhol e
logo quando saíram juízes como diz o meu bom amigo Francisco Aroca, nos seus
artigos, não aplicaram o código da raça que estudaram e aprovaram e sem
qualquer objecção, ignoraram o código pelo qual se fizeram juízes, tirando-lhe
várias notas e fazê-lo a seu gosto independentemente de qualquer outra coisa,
apenas pela sua vaidade e ter protagonismo, à custa do timbrado espanhol,
aplicando ao mesmo os seus gostos pessoais e não respeitando o código da raça
que estudaram , tem dividido a “afición”tentando contorná-la sempre à custa
dotimbrado tentando fazer outra raça neste caso o mal chamado descontinuo mas
como bem sabemos reconhecido até hoje na COM mundial só há um, o canto timbrado
espanhol. Por muito que se lhe queira mudar o nome, de canto timbrado espanhol
para descontinuo como lhe chamam, alguns juízes e aficionados que levaram a seu
redil, o que me parece muito respeitável, mas quero que saibam os aficionados
de todo o mundo que também existem em Espanha e sei que fora de Espanha, juízes
e aficionados que defendem e respeitam os criadores e mentores desta raça, que
eram Don Ángel Salido Leal, don Serrano Peñasco, don Esteban Crespo Fernández,
don Manuel Rodríguez Cruz e don Alejandro Garrido Martínez que Deus os tenha a
todos em sua glória, por respeito a estes mentores da nossa raça de canto
timbrado espanhol e a todos os juízes e aficionados de fora e dentro do nosso
País, dizer-lhes que respeitamos o código actual e ficha de julgamento da nossa
raça de canto com todo o orgulho e dignidade. Não se pode tolerar que alguns
juízes que hoje em dia estão noutras federações, tentando apropriar-se de
algumas notas do canto timbrado espanhol, para dizerem que fizeram uma nova
raça, queiram eles ou não queiram sempre tem sido e será, o pássaro que eles
chamam agora de descontinuo e anteriormente de floreios, sempre uma tendência dentro
do canto timbrado espanhol, por muito que lhe queiram trocar o nome. Para esses
juízes são como a moda, todos os anos mudam, e também o canto do timbrado
espanhol, por muito que queira algum juiz tirar-lhe timbres e rodadas as duas
únicas notas continuas do canto timbrado espanhol, pois as outras 10 notas do
código e standard da raça são semi-descontinuas e descontinuas portanto não
inventaram nada de novo, é como se se quisesse tirar aos Rollers e Malinois as
notas continuas, seguiriam sendo estas duas raças de canto as mesmas raças
apenas com menos notas. Portanto tudo o que seja destruir e juízes que apliquem
o seu gosto pessoal para desfazer sem qualquer sentido o que está feito, para
mim nunca será aceite.
Quero que saibam estes juízes que actualmente numa federação do nosso País por alguns pássaros terem, alguma nota continua como timbres e rodadas são desclassificados, como aficionado nunca irei a um concurso de canto no qual estes juízes apliquem o seu gosto pessoal e nunca o código da raça que estudaram e aprovaram. Também deixar claro a estes juízes que acreditam ter descoberto algo de novo, para eles vou deixar claro a partir dos exemplos que vou dar a seguir que só tem destruído o que é natural, que são as aves de canto e será assim queiram ou não queiram. São inatos nos pássaros de canto como roller, malinois e canto timbrado espanhol e qualquer tendência dentro do timbrado espanhol, os timbres e as rodadas, como também são noutros pássaros silvestres e neste caso granívoros por exemplo: o canário silvestre, pintarroxo, milharinha ou serinus serinus, verdilhão e cotovia etc.etc.etc. Como também são inatos no seu canto as aves ou pássaros insectívoros por exemplo: o rouxinol, o pisco, toutinegra, melro, tordo, zorzal e até a simpática ave insectívora andorinha comum, também quando executa o seu canto emite timbres e rodadas como também muitas mais aves em todo o mundo, não se pode ir contra o criado por Deus nosso Criador nem contra a Natureza.
Quero que saibam estes juízes que actualmente numa federação do nosso País por alguns pássaros terem, alguma nota continua como timbres e rodadas são desclassificados, como aficionado nunca irei a um concurso de canto no qual estes juízes apliquem o seu gosto pessoal e nunca o código da raça que estudaram e aprovaram. Também deixar claro a estes juízes que acreditam ter descoberto algo de novo, para eles vou deixar claro a partir dos exemplos que vou dar a seguir que só tem destruído o que é natural, que são as aves de canto e será assim queiram ou não queiram. São inatos nos pássaros de canto como roller, malinois e canto timbrado espanhol e qualquer tendência dentro do timbrado espanhol, os timbres e as rodadas, como também são noutros pássaros silvestres e neste caso granívoros por exemplo: o canário silvestre, pintarroxo, milharinha ou serinus serinus, verdilhão e cotovia etc.etc.etc. Como também são inatos no seu canto as aves ou pássaros insectívoros por exemplo: o rouxinol, o pisco, toutinegra, melro, tordo, zorzal e até a simpática ave insectívora andorinha comum, também quando executa o seu canto emite timbres e rodadas como também muitas mais aves em todo o mundo, não se pode ir contra o criado por Deus nosso Criador nem contra a Natureza.
Um abraço para toda a “”afición da ornitologia ou canaricultura de
todo o mundo, vamos procurar construir e não destruir como tentam fazer alguns
aficionados desta bonita “afición”. Um abraço muito cordial de Juan António
Bautista e Francisco Aroca.
Condição, Modulação, Vocalização, Boa
Voz, Bons Sacos Aéreos, E Algo Mais.
Por: Francisco Aroca Montolio
Na revista Pájaros nº16 do ano de 1961, Cayetano
Pérez Manso expõe o seguinte: "O canário Roller está composto de passagens
em tons graves e repousados inclusive melancólicos, porque não pode ter o
canário Espanhol um repertório parecido só que cantando noutro estilo e com
outro ritmo e tom mais alegre?". Portanto naquela época havia algum
descontentamento e não estava bem definido o que devia de ser um Timbrado
Espanhol. E se tentaram introduzir qualidades de outras raças para beneficio do
nosso Timbrado, pergunto eu, tem algum mal nisso? Experimenta-se , se os
resultados não forem óptimos, outra coisa será. Fala-se da pureza da
raça quando já naqueles tempos havia criadores abertos a tentar melhorar o
Timbrado. Fala-se do cruzamento com Malinois como se fosse alguma coisa fora do
comum (o que esteja livre de pecados que atire a primeira pedra).Naqueles
tempos, e mais tarde, os criadores cruzavam a sua linha habitual com o Roller,
parece que desconheciam o Malinois, e ao mesmo tempo também com o canário
Silvestre, e fala-se de pureza, de que pureza? Se um cruzamento aporta
qualidade à raça instituida, e beneficia essa mesma raça, o resultado só pode
ser um bom Timbrado, com boa dicção, modulação, um bom tom de voz e uns bons
sacos aéreos, não acreditam vocêsque quem sai ganhando com isso será certamente
o nosso querido canto Timbrado Espanhol? E apesar do que digam muitos criadores,
esse pássaro por ter sido bem trabalhadoserá certamente um bom Timbrado que se
ajusta ao padrão do Código e à sua ficha de julgamento, que mais posso eu
dizer?. São os juizes que se encarregam de classificar o pássaro que ouvem, e
de classificá-lo onde lhe toque ou desclassificá-lo se for necessário se não
reunir as qualidades de um bom Timbrado, mas sempre deixando de lado o seu
gosto pessoal, contribuindo desta maneira para bem do Timbrado. Para mim existe
um só pássaro: o Timbrado Espanhol, nem floreios, nem clássicos , nem
intermedios. Há uma ficha de julgamento que se deve preencher de acordo com o
que se oiça sem se inventarem coisas que o pássaro não diz, isto contribuirá
para o beneficio do próprio canário que se está ouvindo. Se um criador quer que
o reportório de seus pássaros se baseiem em três casas da ficha de julgamento,
não se queixem depois se um juiz os avaliar e lhes deiao que tem, isto é assim
e ponto final.No artigo "Reconhecido
o Timbrado", da revista Pájaros nº 19 , de 1962, pode-se ler:
"O maior mérito de um Timbrado deverá consistir no contraste entre as
frases altas e as frases baixas, e na sua fusão harmónica. Esta fusão não se
pode obter com mais de um treino severo e uma grande habilidade que caracteriza o
sistema e a escola dos grandes maestros". Subscrevo inteiramente este
artigo. Está claro que se querem
fixar certas notas e floreios, e é por educação ou treino como se consegue.
Está provado que, se faz bem, em se separem os jovens canários quando estes
começarem a comer sozinhos, e não ouvirem os pais, sairão com um canto
diferente. Que não se diga portanto que o canto é genético, se fosse genético
cantariam igual a seus pais, mas isto só ocorre de uma maneira, quando ouvem os
seus pais ou com maestro que lhes ponham para educar. Eu já disse em muitas
ocasiões que no Canário Timbrado Espanhol está tudo inventado. Deixemos essas
discussões de educar ou não educar, ao fim e ao cabo, eu apresentei o meu
sistema e nunca obriguei ninguém a segui-lo ou a partilhá-lo. Há tendências que
proclamam não educar com maestros, tendo-o claro e perfeitamente definido, mas
outros há também que são contrários e que também o tem claramente definido.
(VIVE E DEIXA VIVER).
Quero destacar, fazendo um pequeno reparo, ao que me
dizem alguns amigos meus que nosforos da Internet, quando alguns aficionados
afirmam que gostariam de ter um Timbrado branco, amarelo, isabela ouro ou
prata, cinzento, ágata ou verde junquilho, de tonalidades em pio ou pintos,
dentro destas tonalidades ou gamas, há outros criadores que lhes respondem que
não são timbrados. Não sabem esses criadores que são admitidas todas estas
cores no Código e Standard?. Amigos meus, e eu mesmo, temos ido a concurso com
estas cores porque nos pareceram ser bons timbrados, deixando de parte a sua cor.
O Código diz mais ou menos isto, que não será admitido todo o pássaro que acuse
factor vermelho ou que tenha penas enriçadas. Então, porque se pretende que
todos dancem a mesma musica? Temos a sorte de ter uma ampla gama de cores,
porque se todos forem verdes seria um pouco aborrecido, não?. Há apenas que
olhar para a sua qualidade e nada mais e sermos mais tolerantes.
Continuando com as qualidades de um bom timbrado, se
um criador se sente realizado porque o seu pássaro realiza um bonito floreio e
o satisfaz, parece-me muito bem e respeito, mas há que pedir mais. Vou fazer
uma comparação, na página de Eloy, na secção de MP3 há floreios muito bonitos
como por exemplo o de Mari Pili, ou o de Paquillo ou Pepillo. Mas uma coisa é
um bom floreio e outra é um Timbrado Espanhol com um bom floreio que seja já um
bom pássaro!, um bom pássaro será o que faça no seu conjunto, um floreio de
adorno ou lento e mais algum floreio composto e que preencha mais algumas
casitas da ficha de julgamento. Se assim não for ficará monótono mesmo que faça
uma coisa muito bonita. Há que procurar mais e não menos, este será o trabalho
que os criadores devem fazer.
Finalmente, quero dizer o que foi pedido a D.
Joaquín Sandúa, foi que se pronuncie sobre os pássaros de Aroca, ainda que me
pareça respeitável, pode ser indicativo da falta de conhecimento ou de
critérios por parte de quem o fez, pois creio que muitos dos que criticam estes
canários não conhecem as diferenças entre um Timbrado e um Malinois, e deveriam
documentar-se sobre pássaros antes de desprestigiar o trabalho dos outros.
Sabem em que se parece um Timbrado e um Malinois?, é que são os dois uns
grandes pássaros, em beneficio de um só, do nosso querido canto Timbrado
Espanhol. E, é suposto, em cada uma destas duas raças terem um bico e duas
patas. Actualmente parece que quem não comunga com determinadas tendências fica
excomungado. Pede-se mais humildade e mais tolerância, nesta vida precisamos
uns dos outros. (Hoje por ti e amanhã por mim).
Um abraço para toda a “afición”
Educar com
maestros ou com alunos
Por : Francisco Aroca Montolio
Que cada criador eduque ou não eduque, qualquer
sistema é bom se saírem bons pássaros. Faz uns vinte anos eduquei sem maestros,
pus mais ou menos 50% dos machos e o resultado não foi nada satisfatório, eram
pássaros curtos de repertório e demoravam mais tempo a começar a cantar, os que
se educaram com maestros, saíram pássaros com um amplo repertório e seguros de
si próprios, dizendo as notas com carácter e personalidade, estiveram todo este
tempo com os seus progenitores que por sua vez fizeram de maestro. Desde então
tenho claramente bem definido esta questão . Há certas notas que se não as
ouvem não as dizem.
Pode-se dizer se o pássaro não for educado, quando sai do seu habitat e se põe com outra linha de canto diferente, no segundo ou terceiro mês perde parte do seu repertório. Isto não acontece com os pássaros educados que mantém o seu repertório até depois da muda. Estes pássaros educados, se fizerem a muda com outra linha diferente, manterão o seu repertório no mínimo 50%.Falo pessoalmente das minhas experiências, sem subestimar ninguém. Falei com criadores que não educam, segundo eles, e perguntei-lhes Quando tiravam os pássaros do local onde fazem a criação? E responderam-me : por volta dos 3 ou 4 meses. Com este tempo todo estes pássaros já tem a canção aprendida de seus progenitores, logo cada pássaro dará o seu toque pessoal ao seu canto ou canção.
Pode-se dizer se o pássaro não for educado, quando sai do seu habitat e se põe com outra linha de canto diferente, no segundo ou terceiro mês perde parte do seu repertório. Isto não acontece com os pássaros educados que mantém o seu repertório até depois da muda. Estes pássaros educados, se fizerem a muda com outra linha diferente, manterão o seu repertório no mínimo 50%.Falo pessoalmente das minhas experiências, sem subestimar ninguém. Falei com criadores que não educam, segundo eles, e perguntei-lhes Quando tiravam os pássaros do local onde fazem a criação? E responderam-me : por volta dos 3 ou 4 meses. Com este tempo todo estes pássaros já tem a canção aprendida de seus progenitores, logo cada pássaro dará o seu toque pessoal ao seu canto ou canção.
Em várias ocasiões tive pássaros que se adiantaram
no canto e aos dois meses e
meio ou três já cantavam praticamente como os seus maestros. Para mim educar sem maestro seria, levar o macho à fêmea só para a galar e tirá-lo logo desse lugar onde se encontre a fêmea e as respectivas crias e quando comessem sozinhos, pô-los noutra habitação onde não oiçam nenhum adulto. Na mina modesta opinião, isto é que é educar sem maestro.
meio ou três já cantavam praticamente como os seus maestros. Para mim educar sem maestro seria, levar o macho à fêmea só para a galar e tirá-lo logo desse lugar onde se encontre a fêmea e as respectivas crias e quando comessem sozinhos, pô-los noutra habitação onde não oiçam nenhum adulto. Na mina modesta opinião, isto é que é educar sem maestro.
Vocês costumam criticar os que educam com maestros,
mas se vocês mesmo estão educando com alunos, quero dizer, o pássaro que se
adiantar no canto é o que arrasta os outros, se este tiver uma boa aptidão para
o canto, tudo bem, se tiver defeitos outro ano se passar. Os que educam com
maestro os pássaros tendem a ficar com um amplo repertório, dizendo bem as
notas e por certo sem faltas, isso é um maestro!
O de cruzar silvestres ou melhor dizendo canário
silvestre parece-me bem, como você saberá há que utilizar o que tenha as
melhores qualidades genéticas, que tenha um bom tom de voz, boa dicção, que seja
tranquilo e que saiba estar na gaiola etc., há outros pássaros que também
servem e por certo tem, melhor dicção e se podem cruzar. Os meus pássaros levam
um pouco de tudo, este será o trabalho que os criadores tem que fazer para
conseguirem uma raça equilibrada. Como disse: O Nosso Senhor Jesus Cristo
" o
que estiver livre de pecado que atire a primeira pedra", saiba você que
não estamos sozinhos nesta questão do educar, também há companheiros de
“afición” como é o caso dos criadores de Malinois, Roller e Silvestristas,
entre os quais tenho bons amigos , que para eles um bom maestro não tem preço,
e que será o futuro dessa temporada e de outras vindouras. Os pássaros
silvestres são criados com palito para que não aprendam notas não desejadas e
logo educados, como é o caso dos pintassilgos, pintarroxos, verdilhões e
milharinhas, nalgumas zonas chamados de chamariz. Posso dizer que estes
educadores de silvestres, não tem praticamente nada a ver com o canto original
do campo, é uma selecção de notas e sem faltas, como costumam fazer os
criadores de timbrado e de outras raças de canto.
Você disse que o canto é genético, se você como
parece educa sem maestro, mas se não ouvirem os pais, verá como eles sacam
outra linha diferente de canto, se cantarem como os pais foi porque os ouviram.
Se o canto fosse genético, um pintassilgo que teve um bom amigo meu apanhado
ainda sem nenhuma cor, muito jovem, supondo-se que por muito canto de timbrado
que ouvisse teria sempre que cantar como os pintassilgos se isto não fosse
assim, só teria a chamada dos pintassilgos "CHIVIT-CHIVIT" e o resto
de canário, como a sua siringe e constituição não estão preparada para tal, as
notas seriam bastante medíocres. Outro caso foi o de um pintassilgo com um ano
e ao fazer a muda ter apanhado alguma nota de canário. O que se transmite geneticamente
é o tom de voz, a dicção e como tu sabes, dizer bem as notas e sem pressas, a
parecença física por parte do pai e da mãe, o serem mais ou menos cantores e a
canção que oiçam do maestro ou do aluno adiantado no canto. Pessoalmente sou da
opinião que sobre o timbrado está tudo inventado. Sobre genética existem fêmeas
dominantes como também existem machos, se estes genes são para dar maior
qualidade, que sejam bem-vindos.
A genética não é como a matemática que 2 X 2 são 4, mas como o provérbio espanhol diz "da onde há se pode tirar". Sobre o tema dos pastores alemães, digo pessoalmente, que sobre “o saber posar” é o mesmo problema que na educação dos canários , tenho amigos criadores de várias raças, que ficariam contentíssimos se os seus cães aprendessem a posar vendo um vídeo como você diz, eles são criadores e ao mesmo tempo maestros dos seus cães, e perdem muitíssimas horas para os ensinar a saber posar com porte e elegância para quando forem ao ring, nome que se dá na gíria, que é o sitio onde costumam ser julgados no desporto do mundo canino. PARECE SER QUE TUDO É POR ENSINO, A PARTE DE SE TER UM DOM PARA CERTAS COISAS.
A genética não é como a matemática que 2 X 2 são 4, mas como o provérbio espanhol diz "da onde há se pode tirar". Sobre o tema dos pastores alemães, digo pessoalmente, que sobre “o saber posar” é o mesmo problema que na educação dos canários , tenho amigos criadores de várias raças, que ficariam contentíssimos se os seus cães aprendessem a posar vendo um vídeo como você diz, eles são criadores e ao mesmo tempo maestros dos seus cães, e perdem muitíssimas horas para os ensinar a saber posar com porte e elegância para quando forem ao ring, nome que se dá na gíria, que é o sitio onde costumam ser julgados no desporto do mundo canino. PARECE SER QUE TUDO É POR ENSINO, A PARTE DE SE TER UM DOM PARA CERTAS COISAS.
Despeço-me de toda a afición com um cordial abraço.
A educação dos canários jovens
Por:
Francisco Aroca
A educação ou adestramento, é fundamental para todos aqueles
criadores ou aficionados que querem conseguir o máximo potencial genético e
seleção e ver onde chega esse cruzamento genético e a capacidade que tem esses
pássaros ou exemplares de aprender notas complicadas. A partir desse trabalho,
se fará uma seleção genética, por certo, também veremos se se melhoraram seus
dotes canoras e ainda seus órgãos fonadores, com melhor siringe, tom de voz,
bons sacos aéreos, como interpretaram o que aprenderam e certamente uma boa
descontinuidade no canto, ou dicção, ser mais pausado e que dêem suas notas a
golpes que as marquem e separem.
Como vocês bem sabem todas estas definições, significam o mesmo,
por certo dentro de uma boa genética , boa harmonia e musicalidade. Todas estes
dotes canoros são sempre genéticos e nunca aprendidos, transmitida por parte
materna ou paterna, por certo, como sempre disse e direi que cada criador
utiliza o sistema que quiser para alcançar os seus objectivos, com e sem
educação, e criarem os exemplares que lhes agradem e que mais gostem. A
genética e seleção para mim pessoalmente, o mesmo que para todos los criadores,
é o mais importante, neste caso o nosso canto timbrado espanhol, sem genética
nem seleção não teremos nada, sejam exemplares educados ou não.
Logo serão os juízes a aplicar o código de canto timbrado
espanhol, os que decidem a qualidade dos exemplares e todos os juízes aplicarem
o código, que estudaram e não o seu gosto pessoal, seguramente que terão a
aprovação de todos os aficionados, incluindo um servidor e portanto terão todo o nosso respeito e prestigio como tais.
Sobre o tema da educação e adestramento e por essa regra de três, cavalos, cães, que geneticamente e por
seleção estão capacitados para certos trabalhos, não faria sentido que os levassem
a uma escola, de adestramento cães ou cavalos. Se estes animais estão
capacitados geneticamente para um certo trabalho e se forem levados a uma
escola de adestramento poderá conseguir-se tirar o máximo rendimento do seu
potencial genético, que sem adestramento chegariam a quotas muito mais baixas.
A educação e adestramento também serve para os seres humanos, há pessoas com um dom
genético que tem um bom timbre ou tom de voz privilegiados, se forem a uma boa
academia ou escola de canto, e acima de tudo tiverem um bom professor ou
maestro de canto poderão desenvolver ainda mais essa aptidão para o canto e
tirar o máximo das suas faculdades para o que geneticamente estão predispostos.
Outro exemplo é o seguinte, se uma pessoa tem ótimas condições para
poder ser um grande matemático e se não for à escola e não lhe ensinam as
regras de multiplicar, dividir, somar e diminuir, sem estas regras básicas
nunca poderá demonstrar o seu máximo potencial genético para a matemática. Se
outra pessoa tiver boas condições para poder ser um bom músico e vá a uma
academia de música, poderá desenvolver o seu máximo potencial para a música. O
que gostasse de guitarra, um belo instrumento de corda, e se tivesse como
maestro , Carlos Santana, Mark Noflei, Paco de Lucia y Eric Clapton etc., isto
seria uma mais valia. O ensino serve para uma infinidade de ofícios realizados
pelos seres humanos é primordial ter bons professores e cada qual demonstrar o
seu potencial genético e pessoal para realizar qualquer oficio ou trabalho que
decida exercer na sua vida.
Todo os anos, igual a muitos criadores, tenho exemplares ou
pássaros que superam os seus maestros e até o CD, pois escutam-no e cada um
interpreta essa canção e lhe dão o seu toque pessoal, igual a qualquer cantor,
a mesma letra de uma canção e cada cantor dará seu toque pessoal, será parecida
mas nunca igual, portanto todos os pássaros, que tenham boas aptidões canoras,
serão os que seleccionemos geneticamente como reprodutores. Portanto fica
demonstrado, que suas irmãs de ninho também tem essas faculdades genéticas,
para as quais procuraremos outros exemplares com boas condições genéticas para
reproduzir com estas irmãs, bem sabem todos os meus bons amigos que me conhecem
bem, que não uso a consanguinidade, para tentar chegar às minhas metas em
genética. Sempre respeito e respeitarei os aficionados que a utilizam, cada
qual é livre de fazer o que veja conveniente, para chegar ao que deseja.
Uma coisa tão natural como é a educação no campo, dos pássaros
novos pelos seus próprios pais ou congéneres da sua mesma espécie. Querem-nos
fazer ver alguns dos aficionados ou criadores que não educam, que não deveria
de ser assim, sempre tem sido assim e até que Deus queira seguirá sendo assim.
Isso é natural como na própria vida, também dizem alguns aficionados que não
educam mas que para mim sei que educam, mas de outra maneira, por exemplo, o
pássaro jovem ou novo que se adianta no canto, isto também costuma acontecer
naqueles que educam, mas estamos conscientes disso e admitimo-lo naturalmente,
mas alguns aficionados que não educam, parece que não o querem reconhecer,
quando esse novo ou pássaro jovem, que se adianta no canto, começa a definir
suas notas arrastando os outros, do seu voador.
Portanto alguns aficionados que dizem que não educam não é
completamente verdade, pois são educados por outro pássaro neste caso um jovem
canário, os que educam querem pássaros adultos para maestros, com notas
complicadas e por sua vez bonitas, que tenham uma boa voz, descontinuidade,
dicção e pausado no seu canto e, por certo, sem faltas, a isto se chama um
pássaro maestro. Os pássaros com 20 o 25 dias estão capacitados para reter na
sua memoria estrofes ou notas dos adultos, portanto por muito que se diga, que
não se educa, na época de criação há sempre um macho adulto com as fêmeas,
portanto sempre cantam alguma coisa e os novos aprendem. Se alguns aficionados
dizem que não educam, porque é que quando ouvem algum pássaro jovem com falta,
como riscadas, renideros, ch, estridência e nasalidades, o tiram de seguida do
voador onde estão os outros, eu digo o seguinte, a estes aficionados e
companheiros de “afición”, não tirem esses pássaros jovens que tem faltas, isto
porque segundo vocês dizem que os vossos pássaros não copiam!
Copiam tudo, é inato nas aves e os que tem uma boa genética para o
canto ainda mais, tudo é aprendido começando pelos timbres e terminando na água
lenta e com faltas incluídas, imitam até o tom de voz dos maestros e de um bom
CD, também a dicção ou som mais pausado, aqueles que geneticamente estão
capacitado para estes dotes canoros. Alguns aficionados que não educam pela
parte de alguns deles, não existe muita sinceridade e pelo que me comentam,
também os educam com CD, eu nunca o neguei, igual a muitos amigos meus que
educamos nossos pássaros, sempre que tenha bons maestros e um bom CD, educarei
meus pássaros, para lhes poder tirar o máximo potencial genético de seus dotes
canoros. Tenho amigos e aficionados de pássaros do campo ou silvestres, como
pintassilgos, milharinha ou chamariz, verdilhão, pintarroxo e tentilhão, sempre
me dizem que um bom maestro ou um bom CD, para eles não tem preço, pois é o
futuro de seus novos pássaros de cada temporada, queira-se ou não se queira
admitir tudo na vida é ensino com boa ou menos boa educação. Estes amigos e
aficionados dos pássaros silvestres conseguem o canto, que eles chamam de
salão, com uma grande variedade de notas e por certo sem faltas, pois nas suas
pautas de canto correspondentes destes pássaros silvestres, anteriormente
citados e no seu código de canto também se penalizam as faltas como riscadas,
nasalidades, etc. igual como no canto timbrado espanhol, malinois e roller.
Como se consegue nos novos silvestres e nossos canários de canto, que não
tenham faltas, por certo com uns bons maestros ou CD que não as tenham, tão
simples como isto.
Para terminar já que alguns aficionados nomeiam a dom Antonio
Drove Aza, Deus o tenha em sua glória, noutros aspectos sobre o canário de
canto que saibam estes aficionados que don Antonio estava a favor da educação
ou adestramento, passo a relatar um escrito do ano de 1962 na revista pájaros
nº 19 no artigo “reconhecido o timbrado” no qual se pode ler o maior mérito de
um timbrado deverá consistir no contraste entre as frases altas e as frases baixas
e na sua harmonia e fusão. Esta fusão não se pode obter, mais que com um
“ADESTRAMENTO SEVERO” e um a grande habilidade que caracteriza o sistema e a
escola dos grandes maestros.
Por certo, subscrevo tudo o que ele disse nesse artigo, respeito e
respeitarei qualquer sistema que cada aficionado deseje realizar, como o não
educar, ou o sistema de educação, com educação e respeito pelos outros, é
quando existe uma boa harmonia entre todos os seres humanos.
Uma
saudação a toda a “aficion”.
Timbrado Espanhol - Aclaremos as coisas
Por: D. José Luís Clemente Lillo - Juiz FOCDE e OMJ
Há que ver com alguma simpatia os
aficionados animados que se empenham em aperfeiçoar todas as raças de canários
e aqui concretamente os de canto, seja por cruzamentos, seja por ensino ou por
outros meios, mas respeitando sempre o correspondente Código de canto para que
se conserve a pureza e as características genuínas da sua raça, melhorando,
assim, o seu canto e a variedade do seu repertório.
São igualmente de louvar os que
trabalham para criarem novas raças em todas as suas variedades. Com o objectivo
da C.O.M. e do nosso Colégio Nacional de Juízes estabelecerem normas
regulamentares para que se proceda ao seu reconhecimento. Neste caso os
aficionados, juízes ou entidades que queiram propor a criação e reconhecimento
de uma nova raça de canto, o primeiro passo a dar é fazer um pedido formal ao
Colégio Nacional de Juízes manifestando que se deseja estudar uma nova raça de
canto, apresentando um Código e Regulamento, devidamente explicados
tecnicamente, para a sua classificação e com uma denominação distinta das 3
raças de canto já existentes e actualmente reconhecidas.
Os nomes das suas notas devem ser distintas das já existentes em ditas raças, para assim evitar confusões. Iniciado o trâmite, o Colégio de Juízes deverá designar um Comité de Juízes expertos ( nas 3 variedades de canto já existentes e reconhecidas pela COM) para o seu estudo, onde se apresentará o novo Código e alguns canários para que se analise o seu canto. Se o Comité antevê que é uma nova raça de canto, o trâmite seguirá o seu curso e durante mais de 2 anos se repetirá o mesmo para se garantir que a nova raça está perfeitamente fixada e que segue fielmente o Código estabelecido para a mesma e, sobretudo, que seja distinta do canto Roller, do Malinois e do Timbrado Espanhol. Desta forma se poderá reconhecer a nível nacional e posteriormente iniciar-se os trâmites para o seu reconhecimento a nível internacional.
Os nomes das suas notas devem ser distintas das já existentes em ditas raças, para assim evitar confusões. Iniciado o trâmite, o Colégio de Juízes deverá designar um Comité de Juízes expertos ( nas 3 variedades de canto já existentes e reconhecidas pela COM) para o seu estudo, onde se apresentará o novo Código e alguns canários para que se analise o seu canto. Se o Comité antevê que é uma nova raça de canto, o trâmite seguirá o seu curso e durante mais de 2 anos se repetirá o mesmo para se garantir que a nova raça está perfeitamente fixada e que segue fielmente o Código estabelecido para a mesma e, sobretudo, que seja distinta do canto Roller, do Malinois e do Timbrado Espanhol. Desta forma se poderá reconhecer a nível nacional e posteriormente iniciar-se os trâmites para o seu reconhecimento a nível internacional.
O Timbrado Espanhol, desde a sua
criação, sempre teve um Código de canto baseado na distinção de suas notas
formado desta maneira por 3 grandes grupos, que no âmbito do seu ritmo de
emissão, se denominam de notas continuas, semi discontinuas e descontinuas.
No decorrer do tempo foram-se realizando modificações no nome de algumas notas, aumentaram-se ou diminuíram-se algumas pontuações ou se introduziu alguma que de facto já existia mas com outro nome, mas sempre se conservaram os citados grupos baseados no ritmo de emissão.
No decorrer do tempo foram-se realizando modificações no nome de algumas notas, aumentaram-se ou diminuíram-se algumas pontuações ou se introduziu alguma que de facto já existia mas com outro nome, mas sempre se conservaram os citados grupos baseados no ritmo de emissão.
Na anterior reunião desta Comissão
Técnica houve uma proposta que, segundo se dizia, era para criar uma nova raça,
e que consistia em eliminar as notas do nosso Código que não fossem
descontinuas .Quer isto dizer, deixar só as notas descontinuas, seccionando o
actual Código de Canto do Timbrado, apoderando-se do nome de Timbrado Espanhol,
que é uma classe reconhecida internacionalmente e logo dizer que o resultado
que ficaria era o canto Timbrado Espanhol. Penso que a missão desta Comissão
Técnica é cuidar da conservação e progresso do Timbrado Espanhol, procurando
aperfeiçoá-lo, mas conservando sempre a actual estrutura do seu canto, que está
perfeitamente definida no actual Código, e que devemos respeitar por ser um
magnifico Código, ainda que sempre se possa melhorar.
Termino para dizer que, e com o devido
respeito, creio que esta Comissão Técnica em termos regulamentares carece de
autoridade para estabelecer e propor a criação de uma nova raça de canto, que,
ao que parece, se aproveita em utilizar o actual Código do Timbrado Espanhol
para usar uma parte das suas notas, eliminando outras que são dignas da sua
emissão pelos canários que contribuem para lhe dar uma variedade de reportório
de que sempre nos orgulhamos. Além disso não se cumpririam as normas
regulamentares, que antes referenciei, para a proposta e reconhecimento de uma
nova raça de canto. O actual Código e o seu Regulamento, aprovados e editados
pelo Colégio Nacional de Juízes FOCDE, é um dos melhores que já foi feito,
estando à altura dos melhores que existem noutras raças de canto, como são as
raças Roller e Malinois. É um Código magnificamente elaborado e que regula
perfeitamente todos os detalhes de canto destes canários e com o qual se pode
analisar e pontuar perfeitamente todas as variedades, repertório, estilos ou
linhas de canto que possam ser emitidas pelo Timbrado Espanhol. Há que louvar
as sucessivas Comissões Técnicas, que no decorrer dos anos foram elaborando e
aperfeiçoando os seus conhecimentos técnicos e um extraordinário trabalho.
Recentemente chegou à minha mão um
programa para a celebração de um concurso por parte de uma associação. Nele se
estabeleciam as normas para, " o denominado Primeiro Certame Nacional de Canários de Canto
Descontinuo, saudando cordialmente todos os amantes do nosso canário
descontinuo e associações e clubes afim de potenciarem esta afición " .
Esperando que todos os criadores convidados procedentes de todos os pontos de
Espanha concorram com os seus melhores exemplares para que desta forma se
consiga um grande evento e que nos faça desfrutar do canto destes exemplares .O
Ponto 9º do Regulamento estabelece: " Só poderão candidatar-se a prémio
aqueles canários cujas fichas de julgamento não apareçam pontuados giros de
ritmo continuo (Timbres e Variações Rodadas ). Concedem-se três prémios aos
exemplares de maior pontuação do concurso, pedindo-se uma pontuação mínima de noventa
pontos, assim como um troféu especial para aquele exemplar, com pontuação
mínima de noventa pontos, que acumule mais pontos na soma concedida às notas de
nove da Ficha de Julgamento (a alternativa dos critérios do Regulamento do
Código de Canto ) a ordem de mérito na hora de possíveis
desempates será a seguinte : 1º Floreios Lentos, 2º Variações Conjuntas e 3º
Floreios ).
No caso do canário de maior pontuação do concurso
não cumprir com o disposto do parágrafo anterior dá-se um troféu especial(pontuação
mínima de noventa pontos).
É de estranhar que se realize um
Concurso de Canários de Canto Descontinuo, sendo esta uma raça oficialmente
desconhecida e que não está aprovada pelo nosso Colégio de Juízes FOCDE, e
igualmente surpreende que o dito Concurso tenha sido enjuizado com a Ficha de
Julgamento e Regulamento do canário Timbrado Espanhol e por um Juiz de
Timbrado.
Falo sobre exemplares que podem optar a
prémio, que em diversas ocasiões ouvi canários que tinham notas com ritmo
continuo, mas em suas Fichas de Julgamento não apareciam pontuadas. Também
existe uma contradição com o estabelecido no regulamento para os desempates,
que não admite critérios suplementares. Como já disse anteriormente, há que
louvar e estimular aqueles aficionados que trabalham para a criação de novas
raças em todas as variedades, mas é inadmissível que neste caso o façam
utilizando exclusivamente uma parte do seu amplo repertório do Timbrado
Espanhol, o de ritmo de emissão descontinuo, seccionando o actual Código e
suprimindo as variadas notas do Código que tem um distinto ritmo de emissão.
Esta pretensão ataca directamente o que actualmente está regulamentado e
reconhecido pelo Colégio Nacional de Juízes e pela O.M.J./C.O.M. como Timbrado
Espanhol, especialmente se com esta acção se pretende que o repertório que
ficaria era o Timbrado Espanhol, quer isto dizer, que os partidários desta
suposta nova raça se apoderam da denominação de Timbrado Espanhol,reconhecida
internacionalmente pela COM e em muitos países.
Há que acabar com esta intromissão que
se vem criando à volta do Timbrado, quando para ele se estabelecem distinções
ou classificações arbitrárias, em clássicos, floreados, contínuos,
descontínuos, melânicos e sem melanizar, por suas verdadeiras ou supostas
origens geográficas e qualquer dia aparecerem os ligeiros, os pesados, os
assilvestrados, os que façam notas triplas e quadruplas ou outra coisa
qualquer. Os Juízes quando obtêm o cartão de Juiz assumem um compromisso moral,
perante o Colégio, Federação e aficionados de enjuizar com seriedade todo o
repertório que o canário emite, deixando e esquecendo os seus gostos e
preferências pessoais de parte , é inadmissível que estes juízes aconselhem os
aficionados no sentido de estes eliminarem as notas ou mesmo os canários que emitem
ritmos contínuos, só pelo facto de ser este o seu gosto pessoal e querendo
deste modo promover o descontinuo (digo isto porque me chegaram diversas
queixas nesse sentido). Um Juiz de Timbrado deve sê-lo com todas as
consequências que possa ter e senão se identificar com o Código vigente, que o
diga com o máximo respeito e não perturbar e se tiver honestidade que apresente
a sua baixa no Colégio de Juízes e depois dedicar a sua actividade na promoção
e dar a conhecer o auto denominado Canto Descontinuo ou Floreado ou como lhe
queiram chamar, até que possa ser reconhecido como raça, e que não se continue
utilizando o nosso Timbrado, com a sua Ficha de Julgamento, em nossos
concursos, para esta finalidade, classificando unicamente as notas ou variações
de canto que mais gostam, ignorando o resto ou dando-lhes baixas pontuações.
É polémico, este assunto no qual não vou
entrar, em que o auto denominado Canário de Canto Descontinuo possa constituir
uma nova Raça de Canto (esperamos a opinião oficial do Colégio Nacional de
Juízes para saber se o Concurso citado foi autorizado pelo mesmo) ou se é
simplesmente uma variedade ou especialização, se tivermos em conta que os
canários Roller e Malinois também tem notas ou variações de ritmo de emissão
descontinuo, que logicamente também poderiam ser incluídas se atendêssemos a
este critério e de igual modo as denominadas notas assilvestradas que algumas
vezes se ouvem em concursos de Canto Timbrado como descontinuas, dentro do
repertório de determinados exemplares. Aproveito para fazer um reparo já que
igualmente se deve saber que foi autorizado outro concurso, já realizado, no
qual se enjuizaram Timbrados Melânicos (outra categoria desconhecida), segundo
figurava nas folhas de inscrição e sob visão do Colegio de Juízes a seu
respeito. Já vão sendo muitas as manipulações que vem sofrendo o Timbrado,
segundo o capricho de alguns organizadores de concursos. Voltando ainda ao tema
que me preocupa, no citado programa se apresenta e se propõe uma possível Ficha
de Julgamento para o futuro enjuizamento do, por agora, auto denominado Canário
de Canto Descontinuo, facto que me parece magnifico, já que esse é o caminho
inicial para conseguir que, a seu dia e momento certo, se proceda e possa ser
reconhecida esta possível nova Raça de canto. Na dita Ficha de Julgamento
aparecem denominadas as suas notas e pontuações, os giros positivos, os
superiores ou principais, médios ou bons, os inferiores ou aceitáveis, os
negativos e as categorias, o sistema de pontuação é distinta do tradicional nos
canários de canto, e também outros detalhes técnicos. Os nomes das notas são
diferentes do Timbrado, salvo alguma excepção nas notas positivas, mas nas
negativas são iguais. Há que confiar que agora os promotores desta variedade de
canto, preparem o correspondente Regulamento que seleccionem alguns exemplares
e solicitem ao Colégio Nacional de Juízes da FOCDE o reconhecimento da mesma
para que, o Colégio aprecie convenientemente e se deia inicio ao expediente ou
trâmite regulamentar e às provas necessárias, teóricas e práticas, para o
correspondente Tribunal examinador, cumprindo-se os respectivos prazos
regulamentares. Até agora há que exigir que se deixe tranquilo o Timbrado
Espanhol com o seu actual e magnifico Regulamento e Ficha de Julgamento, que
não seja manipulado nem utilizado, e que os promotores da auto denominada nova
raça, variedade ou especialização do canto Descontinuo, que pessoalmente , para
mim, merece o maior respeito peloseu criativo e inovador trabalho, mas que não
continuem utilizando, como Juizes que são de Timbrado, as reuniões da sua
Comissão Técnica para promover o Canto Descontinuo, com grave prejuízo para o
Canto Timbrado e ao mesmo tempo criando confusão entre Juízes e aficionados(
que assistem como convidados das mesmas) e que a Comissão Técnica cumpra com a
sua obrigação, como sempre fizeram desde há muitos anos, de promover, divulgar,
aperfeiçoar e defender a união do Timbrado, não permitindo que se divida em
classes e variedades, com a selecção de tipos de canto, tendências, etc., pelo
capricho ou parecer de alguns inovadores ou revisionistas, com a necessária e
obrigatória ajuda e colaboração dos actuais Juízes de Timbrado, os quais foram
preparados e examinados, (incluindo os que agora querem introduzir a suposta nova
raça ou drásticas modificações no Código). De acordo com as directrizes que se
estabelecem no Regulamento Oficial do Colégio Nacional de Juízes, se algum dia
se chegar a fazer o reconhecimento de uma nova raça, os seus promotores terão
que formar tecnicamente os correspondentes juízes especializados que se
encarregarão dos enjuizamentos e que sejam claramente diferenciados dos Juízes
de Roller, Malinois e Timbrado Espanhol. Confiamos que o Timbrado Espanhol não
se veja na necessidade de solicitar o direito de protecção ou defesa através da
sua própria Comissão Técnica, para que esta se encarregue de o defender como é
a sua obrigação, dos ataques que vem sofrendo com o objectivo de lhe anular a
sua actual estrutura e é desta forma em que vão correndo as coisas o querem
"atacar". O que é lamentável e inadmissível é que se utilizem as
reuniões da Comissão para propor absurdas mudanças no Código e propostas de
novas raças, sem ter em conta que a Comissão Técnica não está capacitada para
propor nenhuma nova raça mas apenas limitar-se a trabalhar para o Timbrado
Espanhol e defendê-lo para que siga desfrutando da sua condição que há mais de
meio século se reconheceu ser o genuíno canário de canto espanhol.
Nas últimas reuniões da Comissão Técnica
(Madrid, Aravaca e Salamanca) passou-se boa parte do tempo discutindo-se
sobretudo a suposta nova raça e opinando-se sobre alguns cantos às vezes
estranhos e até assilvestrados, que nos apresentaram em fitas magnéticas. Há
que exigir e solicitar, aos responsáveis que nos convocam, que não se utilize
por alguns, sejam eles Juízes ou simples aficionados, a Comissão Técnica do
Timbrado, como plataforma para propor ou apresentar a suposta e imaginada e até
agora, a nova raça de canto, já que como disse anteriormente, creio que a nossa
Comissão não está capacitada para propor nenhuma nova raça . Pelo contrário a
sua missão é a de defender, promover e desenvolver o nosso canário, segundo em
como está reconhecido com o seu Código e Regulamento pelo Colégio de Juízes e
pelo O.M.J./ C.O.M. Os que querem criar uma nova raça de canário de canto, que
organizem uma Plataforma, Foro ou Comissão para o seu estudo e apresentação À
MARGEM DO TIMBRADO ESPANHOL, mas que não continuem fazendo esse seu trabalho
nas Comissões Técnicas do Timbrado Espanhol, utilizando esta Comissão como
montra para apresentar e discutiras suas ideias na presença de Juízes e
aficionados que estejam na qualidade de convidados, pretendendo-se com as suas
propostas e discussões" atacar " o nosso canário fazendo-lhe drásticas
modificações no seu Código de acordo com os seus gostos pessoais.
Também se terá que ter em conta que ao
ser o Timbrado Espanhol uma raça reconhecida internacionalmente pela
Confederação Ornitológica Mundial (COM) e pelo sua OMJ, qualquer modificação que
se pretenda fazer na sua Ficha de Julgamento deverá cumprir com os trâmites,
que qualquer Código e de qualquer raça tem que seguir. Para estes efeitos a COM
estabelece um prazo para propor as mudanças que um País deseje realizar numa
variedade ou raça, comunicando esta situação a todos os outros países,
dando-lhes um prazo para as respectivas contestações. Assisti a inúmeras
assembleias da OMJ/COM presenciando, e algumas vezes votando, as propostas
apresentadas
pelos diversos países, para qualquer raça ou variedade, até à sua aprovação ou rejeição. Com isto quero dizer que se Espanha propõe
alguma mudança no Timbrado Espanhol, supondo que no nosso país se possa chegar
previamente a um acordo, deverá seguir os trâmites regulamentares e na
Assembleia Geral da OMJ/COM a que corresponda e que todos os países possam
votar. Actualmente já são vários os que cultivam o Timbrado e se interessam
pelo mesmo, é chegado o momento de se querer conhecer mais a fundo as
modificações que se pretendam realizar, que se desejem analisar e debater, com
as que, talvez, não se esteja de acordo, de maneira que enquanto não se tenha
um “sim” da maioria dos países a proposta de modificação não entrará em vigor,
podendo até ser recusada. Vão ser
muitas as opiniões que seguramente se deverão levar em conta, tanto no nosso
País como fora dele. Por outro lado, estou seguro que a OMJ/COM não admitirá
que o Código do Timbrado se divida em duas Fichas de Julgamento e dois
Regulamentos. Além do mais, quero recordar que numa Assembleia Geral da FOCDE,
não há muito tempo realizada se aprovou que todos os Códigos e Regulamentos
Técnicos da Federação serão os mesmo que tenham sido aprovados pela OMJ/COM.
Há muitos anos existiam 4 escolas de
canto no canário Roller, cada uma delas com o seu próprio regulamento,
diferenciadas apenas por terem ou se basearem numa nota básica ou principal que
lhe dava o seu carácter. Em determinado momento, os aficionados e técnicos
alemães chegaram à conclusão que aquela situação, ocasionava muitos conflitos e
discussões entre os aficionados e que nãodevia continuar, por prejudicar o
esenvolvimento do Roller, tomando-se a decisão de unificar apenas um único
Código, o que o mesmo ainda hoje está em vigor. Essa decisão contribuiu para um
grande passo no desenvolvimento deste canário e terminar com as controvérsias
de quem tinha ou quem deixava de ter a melhor especialização do Roller . No
Canto Timbrado Espanhol, já foi feita a unificação das destintas
especializações, no actual Código, desde a sua criação, para os enjuizamentos
das possíveis notas e variações, agora resulta que os que propõem a separação
de linhas de seleção, ou separação de tendências de seleção em raças diferentes
dentro do Timbrado, segundo o seu gosto particular e opinião , a utilização de
2 Fichas de Julgamento diferentes, tudo isto é um ultraje ao Timbrado Espanhol,
que conduz à confusão na hora de destinguir , na prática, o que corresponde a
cada uma, já que ao apresentar canários a um concurso terá que se especificar,
na Folha de Inscrição, a que linha de seleção ou tendência de seleção desejam
apresentá-los, o que é muito difícil na prática, por se manifestarem as notas
muito variadas e o canário não costumar separar o seu repertório em dois
grupos, com Juizes destintos para cada uma delas, supondo que os juizes estejam
dispostos a aceitar estas combinações (me falaram de um Juiz que se negou a
fazê-lo num concurso), o que perante esta situação se podem classificar como
Juizes de uma ou outra tendência. O Juiz tem que ser único, no que concerne ao
que está estabelecido no Código aprovado pelo Colégio de Juizes. O que se
pretende conseguir é precisamente o contrário do que fizeram os alemães, ou
seja, desfazer o Código actual e de momento dividi-lo em duas partes, ou seja
como as antigas Escolas de canto do Roller e, na melhor das
hipóteses, e no decorrer do tempo, em 3 ou mais, segundo forem aparecendo novos
caprichos de aficionados segundo os seus gostos pessoais. Isto é, seguir o
caminho errado ao que seguiram os alemães com o seu Roller, desunir e dividir o
que já está feito no Timbrado. Pensemos nos problemas que surgiriam na hora de
classificar os canários, já que os Juizes se viam na obrigação de
desclassificar muitos exemplares que inscrevessem numa modalidade ou tendência
equivocada, com as correspondentes discussões sobre as notas que emitissem ou
deixam de emitir e com os respectivos transtornos para os seus organizadores.
Há que exigir QUE SE DEIXE TRANQUILO de
uma vez por todas, o Timbrado Espanhol com os seus actuais movimentos, com as
suas notas únicas e múltiplas, simples e compostas e linhas de canto secas
(metálicas e ocas), de águas, positivas e negativas e demais caracteristicas
explicadas no seu Regulamento, como estruturaram os seus criadores e sucessivos
responsáveis no seu desenvolvimento e que os que queiram mudanças, em forma de
nova raça, que procurem outros foros ou plataformas para o fazer.
Canto Timbrado Espanhol
Por: Rafael González, Juiz de Timbrado
Faz
sete anos que dei uma pequena palestra a meus amigos de Arganda del Rey. Como
se tratava de experiências próprias e opiniões particulares, nos anos
decorridos desde então, tive uma experiência que vos vou contar . Pus a criar
como quase sempre oito casais de timbrados, uma vez terminada a criação, notava
que se ouvia pouco repasso , vamos que de 35 pássaros que saquei, somente tinha
seis machos. Pensei, que não tinha tido sorte, que não era normal, mas foi
assim. Separei meus seis machos e coincidiu que os pais estavam a mudar , quero
dizer com isto que os filhos não escutaram os pais, somente ouviam música
clássica, a meu gosto, e além disso dava-lhes um pouco de sol todos os dias,
alguns amigos vinham escutá-los e diziam que não era possível que os meus
canários tivessem saído todos DESCONTINUOS, um dos amigos era José Luis ( q e p
d). Estes canários, somente tinham 5 notas, Floreos, Cloqueos , Notas
compostas, Água lenta (pouca) e Água Semiligada , todas elas muito boas,
segundo a opinião de meus amigos e a minha claro. Dos seis, fiquei com três que
ainda os tenho e seguem conservando algumas notas das ditas, que me encanta
ouvi-las, mas com o tempo (são do 2005) mudaram o repertório, agora têm
timbres, rodadas, cascavel etc.etc. De toda esta experiência, sempre se tira
alguma conclusão e em meu caso eu descobri, pelo menos assim creio, que de um
bom casal de timbrados, se não se lhes põe maestro, nem ouvirem outros
canários, os filhos, saem descontínuos. Desta teoria depreende-se que os tão
ponderados pássaros de Floreos ou Descontínuos, procedem do TIMBRADO ESPANHOL.
Ainda que a cada ano se separem mais do Timbrado, devido à selecção que se está
fazendo. Outra coisa que quero expor, é que a nossa ficha de julgamento, se foi
modificando ao longo dos anos (nas comissões técnicas) uma vezes a favor do
Timbrado Espanhol e outras nem tanto, por exemplo, porque é que a impressão
geral há que a pôr matematicamente, esta, deve de ser imposta pelo Juiz, que
será ele que a percebe. Com a norma vigente, num julgamento, de um exemplar que
saque 90 pontos, há que lhe pôr 3 de impressão ou seja 93 pontos desta forma em
nossa ficha de julgamento, nunca poder-se-ão pôr 92 pontos. Um canário pode ter
poucos pontos e no entanto causar boa impressão ao juiz ou a qualquer pessoa
que lhe agrade seu canto. Outro motivo, que aceito, mas que não estou de
acordo, é o desempate do Timbrado Espanhol, se desempata primeiro pelas notas
negativas , em segundo pelas notas de maior valor na ficha de julgamento, ou
seja, os floreos, na minha opinião, primeiro devia-se desempatar por ficha de
julgamento completa (com mais repertório) e depois seguindo as normas vigentes.
Naturalmente supondo que a qualidade dos exemplares a desempatar, fora similar.
Este desempate, estaria bem se
competissem canários de amplo repertório como é o Timbrado Espanhol, agora,
quando têm que competir com canários que a maioria do repertório, são floreos e
água, nosso Timbrado com mais repertório, sempre ficará em segundo lugar. Para floreos e águas, temos o
Malinois. Quantos mais floreos e água tenha nosso Timbrado, menos repertório
terá. Os timbres não terão qualidade, deixou-se de pontuar o timbre profundo e
o intermédio e em seu lugar puseram-se as variações rodadas, aqui cabe tudo, o
cascavel, cada vez há menos canários que a façam e isto faz com que se vá
deixando de ter timbre de voz metálico . O nosso Timbrado, sempre teve floreos
(todos nós gostamos de floreos), também teve variações de água ainda que estas
não se reflectissem nas primeiras fichas de julgamento, mas tinham-nas. Devemos
aperfeiçoar o nosso canário, mas sempre trabalhando dentro da raça, não a
misturar com outras raças. Como achais que se criaram, o Roller e o Malinois,
seleccionando os exemplares que mais se parecessem ao seu standard estabelecido
e uma vez conseguido, fixá-lo e sobretudo conservá-lo. Antigamente, a mistura
com Malinois, chamava-se-lhes “rouba-pontos”.
O
Timbrado Espanhol, deve emitir seu canto com o bico aberto ou entreaberto,
nunca com o bico fechado (Roller). Pela mesma razão que se um canário emite uma
nota rolada há que desclassificá-lo, já que é do canário Roller, também teria
que desclassificá-lo se todo o seu repertório fora de Floreos e Água
(Malinois). Isto há que se estudar dentro das comissões técnicas que é onde se
fixam as fichas de julgamento a seguir.
Na
realidade todo o exposto nesta pequena palestra, deve ser aprovado ou recusado
pela Comissão Técnica. Sobretudo no que concerne à ficha de julgamento.
Como Criar
Timbrados Campeões do Mundo
Por: Juan Matilla
Estimados companheiros este depoimento não pretende
influenciar nem muito menos ensinar aqueles que levam muito mais anos que eu a
criar canários apenas tento explicar as minhas experiências que de momento tem
sido frutíferas e porventura sirvampara alguém.
Eu comecei faz alguns anos por criar pintassilgos este bonito pássaro que tantos momentos inesquecíveis me fez passar embora rapidamente me chamou à atenção o canto do nosso timbrado espanhol, pelo seu tom metálico com uma canção prolongada e tão variada que de verdade me cativou e desde então faz seis anos que comecei esta tarefa tentando aprovisionar-me dos melhores exemplares junto dos melhores criadores contatei pessoalmente com o maestro Álvaro Guillén que conhecia telefonicamente pois eu era sócio da S.O.M. e graças às suas indicações e explico isto porque numa das minhas visitas a sua casa trouxe um canário F-1 e comecei a desenvolver uma linha que alguém me comentou que vindo de canário silvestre e chegando ao F-3 se podiam conseguir bons exemplares e efetivamente isto aconteceu. Consegui uns canários de canto muito suaves e melodiosos um pouco assilvestrados que de verdade dão à nota, entretanto quero também explicar que a princípio os resultados não foram os desejados. Os resultados apareceram quando comecei a preocupar-me em eleger as fêmeas com o mesmo esmero que elegia os machos, e só a partir deste momento apareceram os bons resultados as fêmeas para esta linha tem que ter um peito largo com uma capacidade torácica o mais ampla possível, também me disseram que os primeiros cruzamentos são feitos com fêmeas verdes e posso-vos assegurar que isso não é necessário o que é preciso é que o canário silvestre passe toda uma temporada no voador das fêmeas para se acostumar a elas. Na alimentação uso sementes de primeira qualidade principalmente no que diz respeito à sua limpeza, algo que para mim é de vital importância, a higiene tem que ser extrema para evitar as doenças se houver uma boa limpeza menos probabilidade há de haver essas doenças, para as crias utilizar o embuchado sempre que o tempo o permita pois as crias desenvolvem-se de forma mais rápida e ao mesmo tempo proporcionar-lhes antibiótico nos primeiros dias sem prejudicar as mães que estarão provavelmente preparando-se para a seguinte postura e todos sabemos que é totalmente proibidos os antibióticos durante a gestação. Quanto à educação dos novos exemplares, primeiro é necessário que tenham capacidade, se a tiverem é possível ensinar-lhes tudo o que queiramos, se quisermos campainha, que a escutem e de certeza que a emitam, se notarmos que lhe falta outra nota seguiremos o mesmo método que escutem um maestro que tenha essa nota, ou uma CD. etc.etc. embora eu conte com uma vantagem que a maioria não tem é que eu moro em plena serra de Gredos e meus canários passam grande parte de sua vida no exterior onde efetuam a muda e aqui temos a sorte de estar escutando durante toda a noite muitas aves silvestres mas especialmente o rouxinol canta toda a noite até ao amanhecer, enfim cada mestre com seu método, pelo menos para mi gosto que os criadores da nossa pequena sociedade me contem as suas experiencias e dar-mos conselhos uns aos outros para que possamos ter bons resultados.
Eu comecei faz alguns anos por criar pintassilgos este bonito pássaro que tantos momentos inesquecíveis me fez passar embora rapidamente me chamou à atenção o canto do nosso timbrado espanhol, pelo seu tom metálico com uma canção prolongada e tão variada que de verdade me cativou e desde então faz seis anos que comecei esta tarefa tentando aprovisionar-me dos melhores exemplares junto dos melhores criadores contatei pessoalmente com o maestro Álvaro Guillén que conhecia telefonicamente pois eu era sócio da S.O.M. e graças às suas indicações e explico isto porque numa das minhas visitas a sua casa trouxe um canário F-1 e comecei a desenvolver uma linha que alguém me comentou que vindo de canário silvestre e chegando ao F-3 se podiam conseguir bons exemplares e efetivamente isto aconteceu. Consegui uns canários de canto muito suaves e melodiosos um pouco assilvestrados que de verdade dão à nota, entretanto quero também explicar que a princípio os resultados não foram os desejados. Os resultados apareceram quando comecei a preocupar-me em eleger as fêmeas com o mesmo esmero que elegia os machos, e só a partir deste momento apareceram os bons resultados as fêmeas para esta linha tem que ter um peito largo com uma capacidade torácica o mais ampla possível, também me disseram que os primeiros cruzamentos são feitos com fêmeas verdes e posso-vos assegurar que isso não é necessário o que é preciso é que o canário silvestre passe toda uma temporada no voador das fêmeas para se acostumar a elas. Na alimentação uso sementes de primeira qualidade principalmente no que diz respeito à sua limpeza, algo que para mim é de vital importância, a higiene tem que ser extrema para evitar as doenças se houver uma boa limpeza menos probabilidade há de haver essas doenças, para as crias utilizar o embuchado sempre que o tempo o permita pois as crias desenvolvem-se de forma mais rápida e ao mesmo tempo proporcionar-lhes antibiótico nos primeiros dias sem prejudicar as mães que estarão provavelmente preparando-se para a seguinte postura e todos sabemos que é totalmente proibidos os antibióticos durante a gestação. Quanto à educação dos novos exemplares, primeiro é necessário que tenham capacidade, se a tiverem é possível ensinar-lhes tudo o que queiramos, se quisermos campainha, que a escutem e de certeza que a emitam, se notarmos que lhe falta outra nota seguiremos o mesmo método que escutem um maestro que tenha essa nota, ou uma CD. etc.etc. embora eu conte com uma vantagem que a maioria não tem é que eu moro em plena serra de Gredos e meus canários passam grande parte de sua vida no exterior onde efetuam a muda e aqui temos a sorte de estar escutando durante toda a noite muitas aves silvestres mas especialmente o rouxinol canta toda a noite até ao amanhecer, enfim cada mestre com seu método, pelo menos para mi gosto que os criadores da nossa pequena sociedade me contem as suas experiencias e dar-mos conselhos uns aos outros para que possamos ter bons resultados.
Antes
de despedir-me permitam-me agradecer ao meu amigo de La Palma José Hernández
por sua contribuição a este meu depoimento.
Reñideros em Timbrados Descontínuos
Por: Pepe Galan
A experiencia nestas andanças dos
canários, em relação ao seu canto e
diferenciando uns de outros, atrevo-me a dizer o seguinte:
Todos os pássaros, são territoriais,
e mostram-no nos seus cantos com sons mais ou menos diferenciados do seu estilo de canto, utilizando-os para cortejar
a fêmea, para marcar o seu
território, para ameaçar os seus oponentes e até para educar e marcar os possíveis perigos que
espreitam a sua descendência ou criação.
Quem já tenha escutado os pássaros
silvestres, em liberdade e segundo a época do ano, com toda a certeza que
ouviram essas diferenças em seus cantos, no
cortejar da fêmea, fazendo ou marcando o seu território ou quando
tenha que ameaçar ou amedrontar o seu oponente, com toda a certeza que os companheiros
que criam o silvestre podem afirmar estas observações.
Pois bem, transportadas todas estas observações, para o canto do Timbrado Descontinuo,
e como fruto do resultado do refresco de sangue do canário domestico, com o
canário silvestre, aparecem no domestico
estes instintos naturais, que dão origem à decomposição da melodia intercalando esses pequenos mas desagradáveis grunhidos, a que chamaram “ riñas ou reñideros “ , e segundo se
consta, por manifestações feitas públicas, por uma grande maioria de criadores desta especialidade,
que esta riñas ou reñideros foram
promovidos por alguns criadores
Asturianos.
Na minha opinião e segunda a zona de
Espanha que tentou dulcificar este
grunhido, chamando-lhe singelamente "riñas” eu acho que por lhe tirarem a gravidade do
nome o que conseguiram foi em vez de quererem dizer “RIÑA” parece
que queriam dizer “ CONSELHO “ isso sim, mas com muita convicção.
A mim não me tiram do assombro, que para
qualificar a canção de um canário, sua música, sua melodia, sua maneira de
dizer, tenham que aparecer alguma ou outra repreensão, ainda que algumas
pareçam “recaditos” de adulto para criança.
(não deixa de ser curioso)